A predileta do chefe. Parte 1

Como esse é o meu primeiro conto, resolvi me apresentar! Sou Camilla, mas pode me chamar de milla, tenho 19 anos, sou do interior do Paraná, mas resolvi me tornar ‘independente’ e me mudei pra São Paulo.
Minha família é muito desestruturada, minha mãe é dependente e meu pai não o conheci. Os outros irmãos tenho pouco ou nenhum contato. Depois de um briga com minha mãe decidi que queria uma vida diferente pra mim e eu tinha que lutar por isso.
Através da internet achei uma pensão para morar, com minha economias passaria um mês, dois no máximo. Tinha a ideia de arrumar um emprego de secretaria, atendente, qualquer coisa que fosse honesta e que sobrasse paras contas.
Eu sou uma mulher que me considero normal, tenho 1.67 de altura, sou morena, meus olhos são cinzas, vario muito na cor do meu cabelo, agora esta castanho claro, tenho coxas grossas e um peito que sempre considerei grande, e sempre foi um incomodo, pois a partir dos 11 anos meu corpo se desenvolveu e chamava a atenção de homens mais velhos. Levando a situações em que fui assediada por um professor, quando eu estava na sétima serie (mas isso conto depois).
Já havia três meses que estava morando em São Paulo, minha rotina era sair cedo para procurar um emprego no cine, ou olhando em lojas e anúncios que estavam procurando. Sei fazer bastante coisa, mas na hora que pediam a experiência … acabava minhas chances. Então surgiu a ‘oportunidade’ de trabalho em um call center. Recebia muito pouco e iria trabalhar de madrugada ou em plantões, mas não podia escolher pois meu dinheiro já tinha acabado, eu só tinha uma refeição por dia, porque não tinha nada pra comer, e só tinha passagens pro ônibus porque uma das 3 mulher que dividia quarto comigo me deu um cartão por solidariedade.
Fiz alguns amigos no emprego, pois ficávamos a noite e muitas vezes durante o dia, tendo contato com as mesmas pessoas. Como eu era uma das poucas mulheres do meu turno, e talvez a única solteira e abaixo dos 40, os rapazes sempre eram simpáticos e sorridentes. Já haviam se passados dois meses nesse trabalho, e por mais que economizasse, a grana não sobrava. Já estava exausta pelas noites sem dormir, por trabalhar tanto e não sobrar nada, trabalhar nos feriados e finais de semana. Eu não queria dinheiro pra festas, mas gostaria de comprar uma roupa nova, fazer um curso de língua estrangeira, podem ser mimos mas eu queria mais.
Depois de três meses na empresa, o chefe de departamento me chamou e parabenizou pelo serviço, pois eu consegui alcançar e passar as metas da empresa, e os meus atendimentos estavam dentro dos tempos estabilizados e com boa satisfação. Eu prontamente sorri para ele, disse que era um prazer poder contribuir para a empresa. A partir desse dia, ele me mudou para o turno diurno que era o horário em que ele trabalhava, sempre que me via sorria, cumprimentava, bastava eu sorrir de volta que ele procurava um assunto para comentar nem que fosse sobre o tempo.
Com a gentileza do chefe em me disponibilizar mais plantões, eu comecei a receber um pouco mais, e aproveitei pra comprar algumas roupas novas, pois as minhas estavam já bem gastas ou mesmo repetidas para o trabalho. Já que não tinha uniforme, todos reparavam na roupa, principalmente das mulheres. Após minha mudança no guarda roupa e um pouco de maquiagem, o supervisor, meu chefe direto, começou a dar em cima de mim, mais descaradamente. Pra mim estaria tudo bem, desde que ele não fosse casado.
Em uma sexta feira ele passou em minha mesa e pediu que eu fosse a sala dele antes de sair. Avisei que estaria fazendo plantão! Então ele rebateu e disse que eu estivesse as 17:45 na sala dele.
Chegando a sala, me sentei e ele começou a falar.
– Camila, já fazem cinco meses que trabalha aqui. Como já deve ter reparado, não há muitas meninas assim, como você!
– Como eu? Digo sorrindo.
– Ele, é novas, bonitas e tão educadas. Eu sei que sou seu chefe mas uma moça bonita como você pode ter um emprego melhor. Estava olhando sua ficha e vi que têm somente 18, e mora sozinha.
Falei brevemente da minha vontade de crescer na vida e da meu afastamento familiar e completei dizendo. – Moro em uma casa com outras pessoas, nós dividimos o aluguel! Fiquei com vergonha de falar que morava em pensão com pessoas desconhecidas e dividia o quarto com algumas delas.
Nesse dia ele falou da parceria que a empresa tinha com uma escola de idiomas, e que ela oferecia descontos e que iria procurar saber e me informaria.
Então disse – Estou saindo agora, minha mulher foi para casa da mãe, não deve voltar hoje! Será que não gostaria de ir jantar comigo?
Fiquei sem graça e na dúvida se ele estava sendo educado ou se era uma cantada. – Muito obrigada pelo convite, mas vou fazer hora extra a noite, preciso de um dinheirinho extra. E sorri.
Ele – Não se preocupe, eu te trago de volta no horário e você não vai perder nada com isso.
Disse então – Melhor não! E sorri educadamente.
Então ele finalmente disse – Não aceito não como resposta vou te esperar no estacionamento em 10 minutos.
Se levantou, aproximou-se de mim e me deu um beijo no rosto como se eu já pudesse me retirar. Sai da sala, entre feliz porque iria fazer um curso e meio encabulada no que ele iria querer em troca. Achei que podia ser minha imaginação e só uma janta não teria problemas.
Quando cheguei no estacionamento ele acenou e entrou no carro então fui na sua direção, entrei e sorri. Ele perguntou – Onde quer ir jantar?
Sorrindo disse – Em qualquer lugar desde que não seja muito caro e nem muito longe.
– Não se preocupe, que se eu te convidei então a janta é por minha conta. Ele disse. – Gosta de comida japonesa, tailandesa, italiana, qual a sua preferencia ?
Disse que nunca havia comido nenhuma delas então ia ficar a disposição dele. O transito não estava nada bom, ele falou sobre ele, disse que o casamento não ia bem, fez algumas perguntas sobre mim, sobre namorados … Eu sempre na defensiva, não queria ser mal educada com o chefe, mas também não queria dar condição pra esse assunto prosseguir, pois eu era funcionaria dele e ele ainda era casado e tinha uma filha.
Chegamos ao restaurante e conversamos, nos divertimos, ele me ofereceu alguma bebida mas neguei pois ainda ia voltar ao trabalho.
Ele pegou então na minha mão e disse – Você não precisa voltar hoje, sei de um lugar muito bom que podemos ir juntos.
Respondi que não e realmente tinha que voltar, depois de algum tempo ele a contragosto me deixou de volta no trabalho se mostrando um pouco ate de ressentimento. Dei um beijo no rosto como ele havia feito mais cedo comigo, e desci do carro.
Alguns dias se passaram, ele novamente me chama na sala dele para falar sobre o curso que eu queria. Falou que poderia escolher dois idiomas com duração de dois anos e sairia de graça. Agradeci e quando ia me retirando ele fala – Posso fazer muito mais por você. Basta você querer.

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