jan 25 2017
A Minha Vida – história real – quinta parte
No primeiro dia que acesso o MSN, Leandro me cumprimenta. Respondi sem esperar que o papo desenrolasse, como sempre. Enquanto isso, voltei a acessar salas de bate-papo da minha cidade, de Ouro Preto e Belo Horizonte, todas juntas. Nenhum cara me interessava. Seus assuntos eram diretos ao sexo, o que me fazia abandonar a conversa imediatamente. Na barra inferior, o MSN piscava com o nome de Leandro. Abri:
– Você sumiu. – escreveu Leandro.
– Sim. Mas tamo de volta o/
– Kkkk. Que estava arrumando?
– Arrumando um outro cara. Huehuehue.
– Tava namorando?
– Pra mim sim. Pra ele não.
– Como assim?
– Não quero falar sobre. Mas e você? O que conta de novo?
– Mas está solteiro, né? Eu só tenho estudado bastante, lendo uns livros e tals.
– Sim. Estou solteiro. Que livros?
– De anime e de tecnologia.
Assim nosso papo foi desenvolvendo e vi que ele era um cara de bom papo, só não teve iniciativa de começar um e nem eu com ele. Manteve a conversa normal, sem partir para “baixarias” (o que curto muito, mas não logo de início). Se interessou muito com o meu trabalho e pediu várias informações, fazendo-o até procurar manuais sobre softwares médicos. Sua fascinação por tecnologia estava me agradando muito. Voltei a olhar seu Orkut, pois mal lembrava de como ele era, e vi novas fotos: cabelos castanhos claros como os meus, porém lisos, nariz de “bola” (um pouquinho grande e achatado), branco e parecia alto. Bonitinho. Gostei.
Lembrei que havia deixado o bate-papo aberto e fui ver as janelas. Haviam alguns pedidos para conversar, mas só respondi a um, da minha cidade. Manteve um papo bacana e nos adicionamos no MSN fake. Fiquei conversando com ele e com Leandro. Saí do bate-papo.
A conversa com Leandro era bacana, pois o menino se interessava por tudo que eu falava, tinha uma forma de escrever bem correta e era bastante humorado. O outro já começava com assuntos do tipo: “ativo ou passivo?”. Mas fui respondendo por ele ter sido educado no chat. Este cara não era bonito de rosto, mas tinha um corpo bem legal quando mandou uma foto só de sunga: moreno claro, (tenho dificuldade em definir “moreno”. Não é negro nem branco. Fica entre os dois. Seria pardo.) corpo normal sem nada definido mas também sem barriga ou “pneus” e era liso, o que não me agradava muito. Mas eu estava com muita vontade de deixar alguém pegar no meu pinto, bater pra mim, chupar ou me dar, se fosse o caso. Não interessa. Eu queria que me fizessem gozar e queria muito.
Como Leandro morava longe (Juiz de Fora), ficamos apenas no papo. Mas com este outro menino, no segundo dia de conversa, marcamos de nos encontrarmos numa tarde. Caso ambos se curtisse, eu sabia de uma “quebrada”. Tomei meu belo banho, deixando tudo bem limpinho e cheirosinho, peguei o carro e fui para a praça que marcamos. Chegando lá, ligo para ele que prontamente atende com uma voz um pouco fina, nada agradável para meus ouvidos. Disse estar sentado em um banco com calça branca. Olhei e ele estava de pernas cruzadas (uma sobre a outra, como mulheres sentam-se quando estão de saia). Eu, todo preconceituoso, pensei em voltar pra trás, pois não era nada do que eu queria. Queria conhecer um cara masculino como sempre foi até então. Apesar de todo este meu preconceito besta, decidi descer do carro e ir até ele. Uma trégua: hoje não tenho mais este tipo de conceito/preconceito contra efeminados. Isso era imaturidade, falta de conhecimento maior e estereotipagem. Não tenho controle sobre o que gosto e o que não gosto. Ninguém tem. Não sinto atração por efeminados, mas que continuem assim, com trejeitos femininos, roupas, termos… que sejam felizes. Não estão fazendo mal a ninguém. Meu respeito hoje não é uma dádiva e sim uma obrigação. E não falo apenas de respeito social. Falo de respeito interno, em mim, na forma de ver e julgar as pessoas. Não sou nem um pouco efeminado e sequer tenho amigos gays. Mas hoje não julgo ninguém, pois não sou melhor do que eles em nada.
Voltando, desci do carro e fui em direção à ele. Me apresentei e estendi a mão direita, cumprimentando-o e ouvindo sua delicada voz que me perguntou como eu estava. Conversamos pouco, pois eu havia criado perspectivas de um cara masculino e legal, características que ele não possuía, o que me fez afastar-me imediatamente:
– Repare neste cara que está passando do outro lado, de regata. – disse ele.
– O que tem?
– Fiquei com ele duas vezes. Na segunda ficou pedindo pra eu comer ele. Me fez enfiar o dedo em seu cu. Hahahaha. – soltou uma risada alta, escandalosa, exagerada.
Seu comentário inútil, desnecessário, ridículo e podre me fizeram esperar cerca de 30 segundos e dizer que precisava ir embora. Me perguntou se não o curti. Eu, extremamente sem jeito de falar a verdade, disse que iria realmente sair e que hoje era apenas um encontra para nos vermos rápido, pois fazia sempre isso. Nos despedimos e voltei pro carro. Fiz o caminho com muita raiva por ter criado perspectiva de outra pessoa e por ele ser tão podre no comentário.
Ao chegar em casa, vou direto pro pc, entrando no MSN. Comecei a conversar com Leandro normalmente até que este menino do encontro entra e imediatamente me pergunta se não o curti. Eu, covarde, só consegui falar pelo MSN:
– Desculpe-me. Mas você me disse que era masculino. Por quê mentiu?
– Mas eu sou. Não sou afeminados. Odeio os afeminados.
– Não é possível. Você sabe que você é bastante efeminado- (sempre preferi usar o “e”).
– Que desculpa ridííííííículaaaaaaa. Cresceeeee. Sou homem.
– Diga “ridícula” em tom alto exatamente como escrever e veja se não soará feminino.
– Se não curtiu, fala logo. Mais fácil.
– Não vou discutir isso. Fato é que você é feminino. E você apontou um cara na rua que nem conheço. Por quê fez aquilo? O que ele fez de errado? Você acha certo com ele?
– Só fiz um comentário.
– Você me conhece pra falar assim de alguém? E mesmo se conhecesse, não justificaria. Quem me garante que você não me apontará da mesma forma? – e assim iniciou uma discussão no MSN que acabou com eu bloqueando-o.
O vi mais duas vezes ao longo da vida e a impressão que deixou não tem nada a ver com o fato de ser efeminado e sim por ter apontado um “coitado” na rua.
A conversa com Leandro continuava legal. Coloquei Coal Chamber para ouvir e apareceu no MSN. Leandro me perguntou que banda era e lhe passei 2 músicas. Ouvimos juntos enquanto eu comentava sobre as músicas, ensinando-o a separar cada instrumento, ouvindo-os separadamente. Ele me fez grande elogios, o que me deixou bem melhor, ainda mais vindo de um cara bonitinho.
Semanas se passaram e não fui mais à procura de nenhum cara. Punheta não me sustentava, mas não tinha outra forma. Michel chegou a mandar mensagens e ligar uma vez. Nunca respondi e nunca atendi. Enquanto isso, Leandro era um grande amigo virtual meu, do qual eu não tinha pretensões em conhecer, tendo em vista que Juiz de Fora é uma cidade situada mais no sul de Minas, há cerca de 3 horas da minha cidade que fica na região central. Continuava saindo com meus amigos normalmente em bares de rock em BH ou pequenos festivais de bandas locais na minha cidade. Minha família vinha cerca de uma vez ao mês.
Chegou fevereiro, um mês de surpresas pra mim. Iria iniciar a faculdade de biomedicina, faculdade cara para minhas condições sociais, a troca do problemático Palio e a moto por um Celta zero km devido à uma oportunidade tentadora da Chevrolet em que financiei de 60 vezes. Somada a faculdade, o veículo financiado, combustível e outros gastos com ele e minhas necessidades básicas, comecei a viver no limite. Mas estava feliz, pois Nicole me procurou no MSN, pedindo mil desculpas por tudo e me chamando para ir à sua casa para voltarmos a ser grandes amigos. Fui no mesmo dia e fiquei extremamente feliz em vê-la bem, em ter me aceitado e sua família também, que nunca tocou no assunto para não me constranger, tendo em vista que sempre fui muito tímido.
Semanas foram passando e conversava menos com Leandro no MSN, que acabara de fazer 16 anos. Nossos horários não batiam, mas decidimos trocar sms várias vezes ao dia, o que me fez começar a gostar deste cara, mesmo não conhecendo-o. Certo dia, marcamos de passar a madrugada juntos no MSN quando eu chegasse da faculdade. Cheguei e fui direto ao MSN, sendo recebido por ele imediatamente:
– E aew? Gostando da facu?
– Bom demais? Cedo pra dizer, né? Mas é o que quero pra mim. Claro que vai depender da residência, pois não quero laboratório de forma alguma.
– Mas biomedicina é basicamente laboratório.
– Sim, clinicamente falando. Mas não vou me formar pra ganhar menos do que ganho como técnico em radiologia. E também não vou me formar pra fazer algo que não gosto. Tem várias especializações/residências. No fim do curso, vejo o que é melhor pra mim.
Mantivemos uma longa e saudável conversa, até que ele solta:
– Quando vem me ver?
– Eu? Ir em JF? Velho, fica longe demais daqui e nem conheço esses lados ae.
– Você está de carro novo e disse que adora dirigir. Seria uma boa oportunidade. E ainda de quebra me conheceria. Rsrsrs
– Haha. Verdade. Mas é longe mesmo e nem conheço ae. Seria mais fácil você ir pra BH que está perto daqui e você nem lembra como é.
– Mais fácil não seria, mas tenho vontade de ir a BH. Fui 2 vezes quando pequeno e lembro pouco. Tudo aqui se resolve nos arredores de JF ou no estado do Rio. Já pra vocês tudo se resolve ae no centro do estado mesmo.
Continuamos assim a conversa. Confesso que eu estava muito tentado a conhecê-lo, mas não iria ter gastos talvez desnecessários com alguém. Os outros caras me desmotivaram muito. Eu não acreditava muito em amor entre dois homens.
Diante de tanta insistência para nos conhecermos, propus nos vermos em Barbacena, uma cidade que ficaria meio termo para nós dois. Porém, ele não tinha grana para a passagem que nem cara era. Deixamos como estava até que poucos dias depois ele diz ter conseguido uma grana com seus pais e iria pra BH pra nos conhecermos. Topei e marcamos, com ele mentindo para os pais que iria para uma festa de peão na cidade de Barbacena, ficando na casa de amigos.
Tudo certo. Combinamos para um sábado que, mesmo com minha vida corrida, chegou lentamente. Eu estava ansioso. Iria conhecer o cara da internet. Um menino que se mostrou intelectual, muito educado e bonito. Como sempre, tomei um grande banho, peguei o carro e fui pra estrada em direção à rodoviária de BH. Chegando no centro de BH, ele me manda sms, dizendo que já havia chegado. Respondi que demoraria alguns minutos devido ao trânsito, mas cheguei, estacionei e entrei na rodoviária, no local indicado por ele. De longe eu o via. Quando fui me aproximando, notei o quanto era bonito. Cabelos claros e lisos, alto, da minha estatura, bermuda preta mostrando muitos pelos nas pernas, magrinho e bem branco. Cumprimentei-o, que deixou de olhar para o celular e olhou pra mim, sorrindo com dentes perfeitos (fruto de anos de aparelho) e seus olhos claros. Eu estava nervoso, trêmulo.
– E aê, Diego? Pra onde vamos?
– Vamos dar uma volta. O que você quer conhecer aqui?
– Qualquer lugar. Pampulha?
– Fica longe, mas bora. Vamos trocando ideia.
Entramos para o carro e fomos ao destino. Nosso papo desenvolveu muito rapidamente, como nunca aconteceu comigo antes. Estava muito bom conversar com ele. Chegamos na lagoa da Pampulha e nos sentamos em um banco de frente à ela, onde permanecemos conversando sobre tudo. Foi anoitecendo e a fome batendo. Já bem mais tranquilo e solto, propus a ele voltarmos para minha cidade e ele dormir em minha casa, seria vantagem pra ele também, pois sua cidade ficava mais perto da minha do que de BH. Ele topou instantaneamente. Lanchamos e pegamos estrada.
Ao chegarmos em minha casa, eu disse que iria tomar um banho, quando ele pegou em minha mão, olhou em meus olhos fixamente, pegou minha cabeça e me beijou. Retribuí, empurrando ele levemente contra a parede da sala onde ficamos nos beijando por cerca de 5 minutos. Meu pinto estava extremamente duro e eu sentia o dele assim também me roçando. Eu só esperava que ele não tentasse me comer, pois não havíamos falado sobre nossas preferências sexuais.
Toquei na bunda dele por cima da bermuda de leve e ele não teve reação de tirar. Toquei com a outra mão e assim ficamos nos beijando. Pressionei ele ainda mais na parede com minha cintura para sentir meu pinto e ouvi suspiros dele. Seu hálito era incrível. Sua língua me dava mais tesão ainda, me fazendo sugá-la várias vezes. Sim, o beijo estava forte, intenso. Peguei com mais força com as mãos em sua bunda por cima da bermuda e ele continuava me abraçando. Nosso beijo foi diminuindo até parar e nos abraçamos, com nossos rostos no pescoço do outro. Seu cheiro natural era muito excitante. E esse menino seria meu esta noite. Eu estava explodindo de felicidade e tesão.
Comecei a beijar seu pescoço e fui em direção à orelha esquerda, que o fez suspirar. Com isso, larguei o menino e rapidamente encostei na parede puxando-o pra mim de costas. Abracei-o por trás com força para sentir meu pinto roçando em sua bunda. Seus olhos estavam “caídos” de tesão. Beijei ele na boca trocando línguas fazendo discretos movimentos de vai-e-vem na cintura. Voltei a beijar seu pescoço quando vi seu pau duro, fazendo volume naquela bermuda jeans preta. Seria ele dotado? Não importava. Coloquei as mãos em sob sua camisa, em seu abdome, sentindo seus pelos… e que pelos. Muitos pelos. O que me fez subir ao peito, encontrando ainda mais pelos, muitos. 16 anos e peludo assim. Muito mais que eu. Caralho. Aquele magrelo estava me deixando doido. Continuamos nos beijando enquanto eu acariciava seu peito e seus pelos, ouvindo suspiros de Leandro. Até que ele tomou uma atitude: saiu da posição e me pegou pelas mãos me pedindo pra sentar no sofá, o que fiz. Ele veio em minha direção e sentou-se em minhas pernas, de frente pra mim, me beijando. Novamente coloquei minhas mãos sob sua camisa acariciando seus pelos quando Leandro tira a camisa, mostrando um tórax e abdome muito retos, suas clavículas à mostra, suas axilas bem peludas e muito pelo no peito e umbigo. Fiquei acariciando enquanto ele me encarava com um olhar hipnotizante de safado, tirando minha camisa e também agora acariciando meu peito. Voltou a me beijar. Comecei a acaricia-lo nas costas e notei que na região lombar não havia pelos em direção à bunda. Um cara peludo desses tirava ou não tinha? Não interessa. Suas costas quentes me convidavam para descer em sua bundinha que eu queria tanto explorar, quando sou surpreendido por ele saindo das minhas pernas, sentando-se ao meu lado e começando a lamber meus mamilos. Não sinto muito tesão nos meus mamilos, mas já sabia que a maioria dos caras gostam de receber e fazer. Deixei-o ali, que ficou por cerca de 2 minutos, quando encostei ele no sofá e fiz o mesmo. Caralho, quantos pelos. Eu oscilava entre os dois mamilos e o meio que era bem peludo. O menino já gemia baixo agora e notei que acariciava o próprio pau por cima da bermuda. Decidi descer mais bem devagar até chegar em seu umbigo peludo, onde fiquei. Suas pernas estavam esticadas. Eu lambia seu umbigo olhando suas pernas muito peludas e ouvindo seus gemidos e carícias no meu cabelo. Decidi então tocar sua perna direita, puxando-a. Lambia seu umbigo e acariciava seus pelos discretamente claros das pernas. Caralho, eu já era fascinado em pelos. Esse menino só me fez gostar mais, muito mais.
Leandro puxa minha cabeça para cima e me beija na boca, me encostando no sofá e começando a fazer exatamente o que fiz. Voltou para meus mamilos e foi descendo, parando no umbigo. Agora quem gemia era eu, acariciando sua cabeça e seus cabelos tão lisinhos. Até que sinto uma pegada no meu pinto e solto um “aaaahhhhh”. Relaxei mais ainda, soltando o corpo, o que fez Leandro desabotoar meu cinto, abrir meu zíper e descer minha calça até os joelhos. Começou a beijar meu pinto extremamente duro por cima da minha cueca branca. Saiu do sofá, ajoelhou-se de frente pra mim e disse:
– Que caralhão.
– Você nem viu. – falei tirando meu pau que deu um pulo pra fora da cueca.
– Pooooorra… – nem dei tempo dele falar mais nada. Puxei sua cabeça em direção ao meu pinto. Ele imediatamente abriu a boca e abocanhou a cabeça. Sua boca quente me fez gemer mais alto agora. Voltei a soltar o corpo no sofá enquanto ele chupava a cabeça. Começou a engolir mais e mais. E quanto mais engolia, mais eu me perdia no prazer. Chegou na metade do meu pinto e voltou, começando assim um boquete perfeito. Ficou assim por não mais que 2 minutos e começou a beijar minhas coxas, me chamando de peludo (um peludo me chamando assim. Haha). Tirou meus tênis e meias, puxou a calça e a cueca e voltou a chupar meu pau. Fechei os olhos gemendo até que sinto sua mão direita acariciando meu saco, o que me fez soltar mais gemidos. Começou a beijar meu pinto enquanto acariciava meu saco, iniciando pela cabeça até a base. Não parando por aí. Foi para a coxa direita, beijando e lambendo, deixando um rastro de saliva, chegando nas pernas, lambendo e beijando, chegando no tornozelo e pegando meu pé. Vi que possivelmente ele iria fazer algo com meus pés. Eu já havia notado com todo que fiquei que os pés eram tipo uma zona erógena. Sentiam prazer só de eu tocar lá e adoravam tocar, massagear… Mas passou um certo pensamento agora: “saí de casa muitas horas atrás. Andamos muito e nem banho tomei. Não sei se meus pés estão agradáveis”. Mesmo tendo uma grande higiene com os pés, cortando as unhas e limpando-as periodicamente, nunca repetindo meias, nunca usando talco e sim desodorante aerossol, o mesmo das axilas e mesmo nunca tendo sentido mal cheiro em meus pés, fiquei um pouco preocupado. Todo o pensamento foi extremamente rápido e meu tesão deixaria Leandro fazer quase o que quisesse comigo também. Até que suas carícias em meu pé direito enquanto beijava meu tornozelo me deram muito, muito tesão. Sua língua foi descendo mais e começou a percorrer meu pé por cima, devagar, chegando aos meus dedos. Caralho, isso dá muito tesão, muito mesmo. Eu nem imaginava que era tão bom. Fiquei ainda mais excitado quando ele começou a lamber a sola e depois entre os dedos. Se batesse pra mim fazendo isso, eu gozava em 10 segundos. Até que ele veio fazendo o caminho de volta até chegar no pau e voltar a chupá-lo. Ficava agora em um boquete devagar, começando bem da cabeça, quase fora, até metade do pinto, voltando “sugando” ele. Peguei eu seu cabelo e fiz chupar com mais força, o que ele prontamente fez. Ouvindo meus gemidos altos, ele foi aumentando a velocidade e sugando com mais força. Comecei a meter em sua boca, mesmo sentado e Leandro continuava chupando forte. Num impulso, segurei sua cabeça pela nuca e comecei a meter com mais força, sincronizando com sua chupada rápida, levantando minha bunda um pouco do sofá, ficando meio suspenso, me apoiando no sofá com a mão esquerda, enquanto a direita segurava sua cabeça. Meti e meti e ao som de algumas engasgadas, no clímax do prazer, iniciei um gozo forte, gemendo muito alto. Soltando jatos fortes em sua boca, eu continuava metendo e ele chupando com força, gemendo também. Senti que gozei muito e mesmo com o fim do orgasmo, vendo o menino com tanto prazer, continuei como estava até que vi meu pau todo branco de porra. Havia porra pingando no chão e porra em teus lábios. Encostei no sofá e Leandro continuou chupando, agora limpando meu pinto todinho sem deixar uma gota sequer de porra.
Meu pinto agora estava meia bomba e Leandro largou-o, sentando-se ao meu lado, sorrindo, mas não pronunciando nada. Abracei ele e assim ficamos alguns minutos, em silêncio.
Após estes minutos, eu queria “brincar mais”. Era hora de conhecer este menino todo. Chamei ele para tomarmos banho e ele disse que eu podia ir que ele iria em seguida. Imaginei imediatamente que ele iria fazer higiene anal. Fiquei muito ansioso e fui rápido para o banho. Decidi também fazer a higiene, coisa que sempre fiz desde que comecei a ficar com caras, pois não acho que é um ato apenas do passivo. Se queremos ser explorados, que estejamos completamente limpos. Eu tinha (ainda tenho) um método seguro e extremamente fácil de fazer isso, sem deixar ninguém perceber que é uma lavagem e sem “chuveirinhos” também.
Terminei o banho, enxuguei mais ou menos, saindo um pouco molhado. Peguei uma toalha e entreguei a ele que tirou a bermuda na minha frente, ficando de cueca apenas. Enquanto ele ia ao banheiro, abracei-o por trás, quando minha toalha caiu. Meu pau subiu imediatamente e comecei a roçar em sua bundinha, que rebolava discretamente em meu pinto. Meu tesão estava 100% novamente, o que me fez colocar o pau dentro de sua cueca. O menino gemeu e rebolou mais. Virei ele pra parede pressionando-o. Abaixei um pouco sua cueca e agora via parte de sua bunda bastante peluda. Pelos muito lisos e meio claros, o que me deixou doido. Abri a sua bunda um pouquinho e meu pau acertou seu cuzinho de primeira. Senti ele quente, piscando na minha cabeça. Eu estava sem controle, Mas Leandro, mesmo com muito tesão, me fez parar e foi para o banho.
Esperei ele voltar deitado em minha cama. Seu banho foi rápido. Chega em meu quarto enrolado na toalha, todo molhado, os cabelos pingando. Tirou a toalha e caiu em cima de mim, me beijando. Vi rapidamente seu pau que parecia grande. Comecei a acariciar sua bunda peluda e durinha e seu pau pressionava meu saco. Virei nós dois, eu ficando por cima. Agora meu pau roçava seu saco e também sua bunda, fazendo-o gemer. Beijava sua boca e fazia movimentos de vai-e-vem com o pinto nele. Comecei a beijar seu peito e mamilos, descendo para o umbigo bem peludo. Me virei e agora seu pau estava diante de meu rosto. Um pinto bem cabeçudo, com cerca de 16cm, meio fino, muito duro, muito branco e com uma glande bem proeminente e babando muito. Peguei em seu pau quente enquanto lambia seu umbigo e começaram seus gemidos altos. Vi que ele gostava daquilo então decidi beijar seu pinto e lamber devagar, o que o fez gemer mais alto. Fui para a cabeça e comecei a coloca-la em minha boca, sentindo sua gala salgada, muita gala. Comecei a descer ouvindo gemidos altos. Decidi fazer como ele fez comigo, descendo para sua coxa e pernas muito peludas. Nem percebi, mas agora estávamos em um 69 de lado. Ele começou a chupar meu pinto me deixando mais excitado ainda. Colocou seu pé direito em cima da perna esquerda na altura do meu rosto. Fiquei olhando seu pé. Após descobrir o quanto eu sentia prazer no pé, reparei os dele: muito brancos e extremamente limpos. Unhas muito curtas e muito limpas. Havia bastante pelos em seus pés. Seus dedos eram bem sincronizados, perfeitinhos. Mesmo ele sendo magrelo, seus dedões eram carnudos. Decidi lamber, o que levou o menino ao delírio. Não tinha cheiro de nada. Nem de sabonete. Lambi entre os dedos e sua sola enquanto ele chupava freneticamente meu pau.
Depois de alguns minutos, fiquei por cima dele, colocando meu pau em sua boca e chupando o dele. Fui metendo devagar, aumentando o ritmo. Ele não mostrava recusa então eu aumentava mais as metidas em sua boca. Ele não movia o pinto em minha boca, mas babava muito. Comecei a meter mais forte em sua boca, agora lambendo seu saco. Suas gemidas, sua boca quente e o cheiro do seu saco me fizeram alcançar o ápice do clímax novamente, enchendo sua boca de porra. Parei o ritmo e deixei meu pau gozar à vontade, quanto ele cruza sua perna direita sobre minha cabeça me obrigando a chupar seu pau, que imediatamente soltou 3 jatos bem fortes de porra em minha boca e outros não tão fortes. E ele continuava pressionando minha cabeça contra seu pau, o que me fez engolir um pouco de porra. Tirou a perna e, já que eu havia engolido um pouco, decidi engolir tudo. Era um pouco amargo, mas bom. Um sabor que não dá pra descrever.
Me deitei no travesseiro chamando-o para deitar em meu peito. Diante de tanto cansaço e diante de 2 gozadas, eu adormeci. Leandro também, em meu peito.
Acordei e era madrugada. A luz estava acesa e Leandro tinha respiração forte em meu peito. Precisava apagar a luz e cobrir nós dois. Tentei sair dali sem acordá-lo, mas sem sucesso:
– Fica ae. Dorme, dorme. – falei sussurrando.
– Onde você vai? – perguntou com os olhos entreabertos e voz de muito sono.
– Te cobrir.
Peguei outro travesseiro e um cobertor de casal. Apaguei a luz e fechei a porta. Leandro já dormia profundamente. Coloquei o travesseiro sob sua cabeça, nos cobrimos e dormi abraçando ele por trás, de conchinha.
Por volta das 9 da manhã do domingo, acordei e ele continuava em sono profundo. Voltei a abraça-lo por trás, mas acabei foi fazendo Leandro acordar. Pedi para ele dormir mais mas não conseguiu. Mesmo com muita preguiça nos levantamos para tomar banho juntos. No banheiro, reparei em todo o seu corpo sem neuras, mesmo ele vendo que eu reparava tudo. Seu pinto mole era bem bonito. A cabeça ficava metade pra fora, poucos pelos pubianos (aparados) e suas pernas e coxas molhadas ficavam excitantes. Ele usou a minha escova de dentes e após isso ficamos nos beijando no banho, ficando imediatamente excitados. Como era bonito este menino. Como era ainda mais bonito pelado. Como era ainda mais bonito pelado, molhado e excitado, com carinha de safado. Era o cara dos meus sonhos. Como gostaria que aquilo fosse eterno. Mas diante das experiências apenas frustradas com homens, não estava vendo futuro em nós, o que não me impedia de curtir muito o momento com ele.
O banho foi muito demorado, pois conversamos, beijamos, abraçamos e ficamos zuando um com o outro disputando forças até que em determinado momento eu imobilizei Leandro por trás e tentei comê-lo, o que ele não deixou fazer. Eu não iria fazer isto sem preservativo, estava apenas curtindo a bundinha dele. Já ele deve ter evitado deixar por questão de higiene. Mas no banho gozamos mais, com um batendo pro outro em meio a chupadas.
Levei Leandro até a rodoviária. Ele partiu. Horas depois nos encontramos no MSN onde relembramos tudo e falamos muita putaria, que foi interrompida pela campainha, onde Thales me chamava.
Os dias eram cada vez mais tumultuados: plantões complicados onde cada dia era um novo aprendizado e faculdade bastante rigorosa.
Eu eu Leandro nos falávamos todos os dias por sms ou MSN até voltarmos a nos encontrar cerca de 15 dias depois. Desta vez, fui até sua cidade. Ficamos em um hotel onde finalmente comi Leandro e fui despertado para algo…
Há uma música da banda alemã Oomph de nome Sex com uma letra científica, onde relata que o sexo pode ser capaz de gerar paixão. Acontece no tipo de sexo em que a pessoa se entrega totalmente a você e você a ela. Vocês esquecem do mundo. Há uma sensação de imortalidade e de que está tudo completo. São sensações momentâneas, por isso você sempre procura sentí-las novamente. Aconteceu comigo. Após finalmente entrar naquela bundinha pequena e muito peluda do Leandro, eu estava muito feliz. Via em seu rosto felicidade também. O menino me abraçava toda hora, falava brincando que não queria ficar mais longe de mim. Um menino tão bonito, com 16 anos, porém maduro demais, uma inteligência incomparável e com um sexo perfeito… eu não tive controle. Quando voltei pra casa, me vi iniciando uma paixão.
Voltamos a nos ver cerca de 10 dias depois, com ele vindo pra minha casa em um final de semana. Conversamos sobre tudo e decidi deixar claro que já havia transado sem preservativo com o meu primeiro cara. Ele me deu um pequeno sermão merecido e combinamos de, finalmente, fazer o teste Elisa juntos. Mas juntos? Isso criou uma interrogação em mim. Tínhamos algo? Bom, tive uma péssima experiência por não conversar sobre isso com um cara. Decidi então, com um certo medo e vergonha, falar sobre isso:
– Leandro, o que você acha de relacionamento aberto?
– Besteira, pelo menos no meu caso. Nunca namorei ninguém mas não me imagino nisso. Existem cabeças e cabeças. A minha é antiquada esperando um príncipe único e meu, somente meu. Hahahaha.
– Hahahaha. Viadim. Seu príncipe já está aqui.
– Ahhhh, quem me dera. Você não é pro meu bico.
– Como assim?
– Diego, você é incrível demais pra ser meu. Você é muito inteligente, esforçado pra caralho e bastante gostoso. São características difíceis de encontrar em uma única pessoa. Por quê essa pessoa seria minha?
– Eu concordo com o “esforçado”, apenas. E eu seria o cara mais feliz do mundo se tivesse o Leandro pra mim.
Ele calou-se. Ficou sério, olhou pra baixo e disse em tom triste:
– Tenho algo pra lhe falar.
– Ahhhh, caralho. Não posso ser feliz mesmo. Fala logo. Sem suspense. Seja lá o que for, vamos esclarecer. Vai. Fala.
Fez silêncio, foi levantando a cabeça aos poucos, me olhou com semblante fechado que foi logo se desfazendo, dando lugar a um sorriso:
– Palhaço. Hahahaha. Ficou todo tenso, tadinho.
– Ô viado. Para com essas coisas. Não gosto disso. Você tem realmente algo a dizer?
– Tenho algo a perguntar.
– Está esperando o quê?
– Podemos ter algo sério?
Falou isso rápido e instantaneamente, me encarando. Fiquei surpreso e respondi que era o que eu mais queria com ele. Nos abraçamos, beijamos e ficamos trocando carícias. Agora sim fazia sentido fazermos o teste juntos.
Como ele não tinha plano de saúde, eu pagaria o exame dele. Combinamos para o próximo sábado, cedo, em jejum. Feito o exame, aguardamos ansiosos exatos 6 dias. Durante estes dias, falamos coisas bem desagradáveis caso descobríssemos algo em nós. Tentávamos relaxar mas não conseguíamos. A tensão era grande demais.
Certo dia, na faculdade, recebo sms dele dizendo que os resultados já estavam no portal do laboratório e que ele preferia ficar uns dias só. Sabia que aquilo podia ser apenas zuação dele, mas se não fosse? Imediatamente saí da sala, fui até um dos computadores da biblioteca e acessei o site. Fiz login e meu resultado me trouxe imenso alívio. Era uma sensação de ganhar um prêmio grande. Acessei o resultado dele e tudo “não reagente”. Liguei pro Leandro que já atendeu rindo. Xinguei ele brincando e voltei pra sala de aula como se tivesse ganhado na mega sena.
Nosso próximo encontro finalmente foi sem preservativo. Consegui abandonar este item que me causava tanta dor no pinto. No dia seguinte, ficava vermelho demais. Foi a melhor transa com homem que já tive, pois além de quente, rolava sentimentos. Mesmo eu fodendo ele com toda a força, dando tapas em seu rosto e em sua bunda, foi bonito. Leandro era meu namorado, finalmente.
Agora eu me sentia com o ego elevado. “Se eu conquistei um cara desses, é porquê sou realmente bem atraente”, pensava assim.
Nos víamos cerca de 2, 3 vezes por mês devido aos nossos horários. Mas estávamos felizes e bastante carinhosos e atenciosos um com o outro. Sua família ainda não sabia que era gay e ele preferia empurrar isso mais um pouco. Meses se passaram e ainda não havíamos brigado sobre nada. Até que um acontecimento estranho e muito assustador nos interrompeu…
Desde que conheci Leandro, notei sua grande habilidade com programação e informática profunda. Quanto mais o conhecia, mais via que não parecia haver limites em sistemas operacionais para ele. Parecia não haver nada que ele não entendesse. Eu o admirava por isso e ele me admirava pelo meu ofício. Formávamos um par perfeito.
Este acontecimento, os detalhes, resumirei bastante, pois não vem ao caso relatar softwares criados por hackers.
Certo dia, voltando de sua cidade, meu telefone toca sem parar na estrada. Paro e vejo que era a irmã de Leandro da qual eu tinha o número mas nunca conversei. Atendi e ela chorando pergunta onde eu estava. Disse que era para eu ir pra minha casa e atender à polícia prontamente e que não podia mais falar. Logo em seguida ligam do hospital, dizendo que a polícia civil esteve lá à minha procura. Entrei em desespero ligando para Leandro que não atendia. Fui para casa em alta velocidade, cortando alguns veículos pela direita. Chegando em casa, finalmente Leandro me atende e fala que está prestando depoimento em uma delegacia da polícia federal e que nosso telefone estava grampeado. Pedi para que não brincasse mais com estas coisas, mas logo vi que era sério pelo seu tom de voz assustado e sua irmã falando ao fundo. Aguardei ansioso algumas horas para entender tudo.
Anoitecendo, Leandro me liga explicando tudo: há alguns meses, ele e outros quatro programadores que nunca se viram, criaram um soft baseado no DOS, porém para Linux, para se comunicarem com segurança. Invadiram um pequeno banco, uma cooperativa, no interior de SP. Apenas invadiram e acessaram dados secretos dos usuários desta cooperativa, da qual usava o sistema Linux. Sem 3 deles saberem, um dos programadores, o único maior de idade, começou a fazer discretos desvios de contas de pessoas físicas e jurídicas para uma conta que ele criou, somando ao fim de alguns meses mais de 800 mil reais. O banco desconfiou logo no início desta fraude e acionou a PF, que pediu para que deixassem o sistema hackeado, pois só assim chegariam aos criminosos. Eles caíram na ratoeira e agora tinham que provar inocência nos desvios. Diante de tanto desespero e medo, briguei muito com Leandro e decidi ir até sua cidade, 2 dias depois. Nem precisei fazer sermão, pois o menino estava extremamente abalado. Decidi apenas dizer que estava ao lado dele pra qualquer coisa e que acreditava em sua inocência. Mas não sabia mais como conversaríamos. Levei-o para um hotel afim de animá-lo, onde ficamos algumas horas. No dia seguinte, ele me liga feliz, dizendo que novamente a PF esteve em sua casa, desta vez para lhe noticiar que um dos programadores confessou tudo e inocentou todos os outros 3. No fim, o programador jogou merda no ventilador, entregando outros policiais federais e traficantes. Ele fez o desvio sob ameaças de perder pessoas da família. Mesmo assim, ficou preso.
Bom, bastante resumido, mas esta foi a situação mais tensa que já vivi até hoje. Ser monitorado pela polícia e ter o namorado quase preso (apreendido, no caso) foi algo muito pesado pra mim.
Leandro ficou extremamente grato por eu não ter lhe abandonado e ter acreditado nele, me dizendo que faria qualquer coisa pra provar que gostava muito de mim. Disse que iria se assumir pra família por mim. Pedi para não fazer, pois ele estava no calor do momento. Era melhor deixar acontecer. E assim ele fez.
Depois deste acontecimento, viramos grandes namorados, mesmo nos vendo pouco. Os meses se passaram e agora eu conhecia sua família e ele a minha (como amigos, claro). Mais meses se passaram e vimos que a família dele sabia de nós dois, mas parecia que preferiam que levássemos a vida dessa forma, sem tocar no assunto. Vida que levamos por mais um ano e meio.
Agora, eu tinha 23 anos e Leandro 18. Entrou com grande nota para uma faculdade em Belo Horizonte no curso de Engenharia Aeronáutica. À partir daí, nossa vida melhorou muito. Ele morava em uma república com outros dois caras dos quais ele fez questão de que soubessem de sua sexualidade. Nos víamos toda semana e transávamos bem mais agora. Transas das quais tive minha primeira experiência como passivo.
Certo dia, fomos em um espaço de rock e bebemos bastante. Deixei o carro na casa da minha mãe com a intenção de beber muito mesmo. Depois de muito nos divertirmos, e muito bêbados, pegamos um táxi e fomos para um hotel. Pra mim, não iria rolar nada entre nós, pois tenho grande problema com álcool: ao contrário da maioria dos homens, o álcool causa em mim um tipo de disfunção erétil. Meu pinto só fica meia bomba. Isso nunca me incomodou, pois nunca curti beber muito. Inclusive isso era motivo de muita zuação com minha ex quando bebíamos. Eu simplesmente não conseguia comê-la e caíamos na gargalhada. Mas Leandro, não sabendo disso, estava todo excitado. Já pelados, parei o menino que estava com muito fogo e falei com ele sobre isso. Pronto. Só ouvi o menino falando: “Beleza. Então agora é minha vez.” E ele realmente fez. E fez como “gente grande”. Ele nunca havia sido ativo, mas foi perfeito. Gostei muito do que fizemos, claro que nunca se compara ao fato de ser ativo, mas foi bem da hora, o que abriu brechas para que Leandro fosse ativo comigo uma vez na vida outra na morte. E assim levamos nossa vida corrida, porém intensa de namoro e muito sexo, totalizando 3 anos.
Certo dia, estávamos no museu Inhotim, na cidade de Brumadinho. Um local extremamente bonito. Andamos muito e visitamos várias coisas, até que paramos debaixo de uma imensa árvore e nos sentamos no chão, cansados.
– Porra. Queria um sítio com uma árvore dessas e no meio do nada. Seria perfeito. – falei.
– Tipo o sítio do Michel?
Olhei para Leandro sem entender nada.
– O quê? Do que está falando?
– Michel sempre te chamava pro sítio dele. Duvido que você nunca foi.
– Velho, eu não me lembro de ter lhe falado estas coisas. Eu só lhe mostrei quem era Michel por insistência sua ao ver ligações e mensagens insistentes dele.
– Tá. Deixa.
– Deixa o caralho. Do que você está falando?
– Só me diga se você já foi ou não no sítio dele.
– Eu nunca fui. E mesmo se tivesse ido, que diferença faria? Por quê isso agora, do nada?
– Eu pedi pra você bloquear ele em tudo e você não fez.
– Leandro, do que você está falando? Eu não tenho contato algum com ele.
– Pare de mentir. Posso provar que você recebe mensagem dele.
– Então prove, velho. Você tem esse dever agora.
Voltamos pra casa tensos e discutindo. Eu sem entender nada. Ele certo de que iria me provar que eu lia mensagens do Michel. Chegamos em minha casa e ele vai direto ligar meu PC. Abre um e-mail estranho e me mostra um arquivo grande criado em bloco de notas, onde mostrava cada site que visitei e cada programa que abri, com horas e datas exatas. Fiquei espantado com aquilo. Leandro me monitorava. Via que eu acessava pornô, lia contos, conversava com amigos e família… tudo. Fiquei puto e começamos uma grande discussão, pois ele não tinha direito de invadir minha vida assim. O que eu falava com família e amigos era coisa nossa. O que eu acessava dizia respeito somente a mim. Depois de muita discussão, pedi a ele para me mostrar onde o Michel entrava. Ele mostrou algumas mensagens do Michel, meio sem nexo. Eu não conseguia entender o que era aquilo, pois nunca mais conversei com Michel e não havia réplica minha nunca. Depois de muito discutirmos, lembrei que eu usei o e-mail do MSN fake para criar conta em um site pornô. Abri o e-mail e estava cheio de mensagens do Michel das quais abri apenas uma, mas nunca li. As outras nunca foram abertas. Esclareci isto a Leandro, que foi acreditando em mim, pois não havia respostas minhas para Michel e as mensagens que Leandro recebia me monitorando eram “assunto” do e-mail. Por isso não faziam sentido. Apenas uma que abri mas nem li e foi suficiente para ele saber muita coisa nossa.
Decidi que iria dormir depois daquilo, pois não estava bem. Eu acreditei nele quando passou por um grande susto, enquanto ele me monitorava há anos, nunca acreditando em mim. Dormimos na mesma cama, porém longe um do outro. Eu não chorava. Eu estava possesso de raiva. Até que adormeci.
Amanheceu e acordamos. Decidi conversar com ele, já que agora os ânimos estavam menos exaltados. Eu estava muito decepcionado com ele, pois nunca confiou em mim e me monitorou todos estes anos. Ele, por outro lado, disse que serviu de lição para ver que eu era realmente um cara muito bom, pois jamais iria traí-lo. Já eu me sentia traído. Neste dia, Leandro removeu tudo que estava me monitorando no PC e foi embora. Conversamos pouco no resto do dia. Nos dias seguintes eu estava seco com ele, me sentindo traído. Era a mesma sensação que tive com o Michel.
As semanas se passaram e eu não era mais o mesmo com Leandro. Eu estava distante, pensativo e magoado. Não sabia se conseguiria perdoá-lo mesmo. E isso tudo me fez começar a acreditar que a desconfiança era a principal assassina de um relacionamento. Se ele não confiava em mim sem motivos, teria como sermos felizes? Tinha pensamentos ainda mais graves como: “quando há excesso de desconfiança em um relacionamento, sem motivos, na verdade o problema não está em nós que sofremos a desconfiança, e sim no sujeito que desconfia, pois tem medo de que façam com ele(a) o que fazem conosco.”
Vivi este tempo todo com Leandro mostrando-se um pouco possessivo, me fazendo trocar de número, apagar redes sociais e começar do zero, e bloquear pessoas. Decidi fazer tudo depois de muitas discussões para conseguir ter uma vida tranquila ao seu lado. E consegui. Mas ele me testou durante anos. Foi muito feio o que fez. Ou eu estava exagerando?
Leandro era o cara que eu sonhava envelhecer ao lado. Não podia perdê-lo. Ele errou sim, e feio. Mas tinha direito ao meu perdão. Leandro, um cara tão bonito, inteligente pra caralho, sem vícios, muito na dele… não, eu não iria jogar tudo fora por 1 erro.
Decidido a perdoá-lo, disse que precisávamos conversar (sem dizer que perdoaria ele), em um feriado peguei ele na república e fomos até a praça do Papa, com ele manteve-se calado no trajeto todo. Sentamos na grama e em momento algum ele olhou pra mim e nem disse nada. Ele era a vergonha em pessoa e seu semblante triste só me fez falar:
– Esquece tudo, ok? Você é meu, cara. Não posso te perder assim.
– Está zoando, né? Depois do que fiz e depois de se exaltar tanto contra mim, você decidiu me desculpar?
– Quem não erra? E que este erro sirva de lição pra… sei lá pra quê. Mas que sirva de lição.
Ele sorriu com meu jeito perdido de falar, ficou me encarando e soltou:
– Maninho, eu te amo. – disse me encarando. Sempre fomos muito carinhosos um com o outro e eu o amava muito, mas nunca mencionamos isto um para o outro. Era a primeira vez que eu ouvia isso de um homem. Fiquei meio estático e depois falei em tom mais baixo:
– Ééé… estamos numa praça lotada…
– Ah sim. Você quer que eu grite que te amo? Faço agora. DIEEEEGO, TE AMO.
– Caralho, velho. Você é doido? Velho, cala a boca. – falei surpreso e ao mesmo tempo rindo, pois foi muito engraçado.
– Não é você quem defende tanto o amor livre? Marilyn Manson não te ensinou isso? O amor machuca alguém? Amar traz mal para alguma sociedade? Estou repetindo palavras tuas. – disse ele. Olhei para os lados e haviam famílias com crianças soltando umas mega pipas, bicicletas, patins e afins… ninguém nos olhava. Com certeza ouviram, mas nem queriam saber quem falou e menos ainda quem era Diego.
– Velho, eu te amo mais. – falei.
– Eu amo mais.
– Eu e ponto final. Sou o homem da relação então fica quietinho e apenas concorde.
Instantaneamente, voltamos a ser brincalhões, zuadores e o melhor, grandes namorados novamente. Como era bom tê-lo de volta. Este período de separação serviu para ambos verem e sentirem o quanto nos amávamos. Nosso primeiro sexo depois disso foi extremamente intenso. Nossos paus mal gozavam e já estavam duros novamente
Feliz, e muito feliz, continuei minha vida trabalhando e estudando muito. De vez em quando ia na casa de Nicole ou ela na minha. Ela estava cursando engenharia química e estava gostando muito. Após vender a moto, agora abandonei de vez a bateria, desfazendo dela para ter mais tempo para estudar. Leandro foi contra, pois me viu tocar apenas 2 vezes e muito rápido e achava incrível ver alguém tocando instrumento.
Nos víamos com ainda mais frequência agora, pois às vezes eu buscava ele em BH depois da faculdade pra dormir comigo e no outro dia ele retornava. Todo final de semana de folga minha, ficávamos juntos, viajávamos pra cidades históricas ou apenas ficávamos na casa da minha mãe, que adorava este rapaz.
Certo dia, estávamos no shopping e entramos na loja de instrumentos musicais Diskoteka. Loja que deixa você tocar livremente os instrumentos. Fiquei admirando uma bateria da marca DW, falando ao Leandro sobre as polegadas daquela bateria, que seu dono da empresa fabricante era Ilan Rubin, baterista do Nine Inch Nails. Minha paixão por música era visível.
Subimos ao segundo andar da loja, onde haviam vários sintetizadores. Fui direto para um Yamaha Motif e fiquei “namorando” o mesmo. Até que toquei em algumas teclas e o som saiu alto. Decidi então tocar algo que veio em mente, na maior inocência. Durou cerca de 10 segundos, suficiente para ver Leandro de boca aberta, 2 funcionários da loja sorrindo pra mim e umas 4 pessoas me olhando, achando que eu iria tocar algo mesmo. Que puta vergonha. Eu não sabia sair daquela situação e puxei Leandro pra bem próximo de mim que nem me deixou falar nada, soltando:
– Veeeelho. Eu conheço esta música. Você tocou igualzinho.
– Tá todo mundo me olhando. Me tira daqui, caralho.
– Faz de novo. Eu nunca havia visto tocarem sintetizador de perto. Você quem me mostrou detalhes deste instrumento e nunca me disse que tocava. Toca essa porra de novo. Foi louco demais.
– Eu só toquei um riff de uma música que conheço na bateria. Não entendo nada de sintetizador. Me tira daqui.
– Toca, ô viadinho. Foi muito legal.
Resolvi voltar a tocar. A música era “Elon Tiella” da banda Ruoska. Toquei apenas a introdução, apenas toquei o que estava em mente, pois era uma música muito importante pra mim. Notas/cifras eu sabia apenas de bateria. Foi o suficiente pra ouvir certos aplausos. Fiquei vermelho demais, agradeci saindo dali. Estava com muita vergonha. Estava saindo da loja, quando Leandro me segura pela camisa e aponta pra bateria e diz:
– Agora é ali.
– Hã?
– Eu queria muito te ver tocar de verdade. Faz isso. Você faz muito bem.
– Cara, tem tempos que não toco nada.
– Bateria é igual andar de bicicleta: nunca esquecemos. Palavras de Diego.
– Tá bom. Mas o que ganharei com isso depois de passar mais vergonha? – perguntei. Me olhou com cara de safado, aquele rostinho tão bonito e respondeu:
– Você sabe bem o que ganhará quando chegarmos em casa. – e me empurrou em direção à bateria. Toquei a mesma canção por cerca de 40 segundos. A bateria estava desafinada. Logo os vendedores vieram falando preços, condições de pagamento e afins. Nos livramos deles e saímos.
– Caralho. Que tesão te ver tocando. Que facilidade você tem.
– Questão de prática. E faltou o vocal forte e agressivo. Haha. Você me fez passar vergonha, seu bostinha.
– Vamos lanchar então pra irmos embora logo pra recompensar o meu rockeirinho.
Agora eu completara 25 anos e Leandro já tinha feito seus 20. Estávamos perto de completar 4 anos juntos. Viagens juntos, adquirir bens, especializar depois das faculdades eram nossos planos e, claro, morar juntos.
Quase 4 anos e nem sinal de relacionamento rotineiro, tedioso. Eu não conseguia olhar pra outros caras. Estava feliz demais. Leandro, um sujeito muito quieto, anti-social ao extremo a ponto de recusar (sim, recusar mesmo) amizades estava muito feliz também. Me falou o quanto fui importante em sua vida e quanto mudei ela. Agora sim a vida fazia sentido (palavras dele).
Claro que discutíamos, nos desentendíamos, mas resolvíamos rápido. Nada de afastar um do outro. Nada. Até que…
Certo dia, minha irmã chega perto de mim e fala que Michel havia ligado pra ela alguns meses atrás e ela se esqueceu de me falar. Mas ele havia ligado novamente no dia anterior pra saber como eu estava, se não havia acontecido nada comigo, se realmente eu estava bem. Ela estranhou demais a insistência dele em saber meu estado, assim como eu estranhei. E ainda disse que precisava demais falar comigo. Pensei bastante no assunto e decidi ligar. Peguei o número com ela e liguei privado, pois não queria que soubesse meu número e eu voltar a ter problemas com Leandro. À noite, quando visse Leandro, eu contaria tudo a ele. Liguei, o menino atende. Enrolou bastante, pois insistia em saber como eu estava e depois de saber que eu estava bem e ainda namorava Leonardo, me disse:
– Olha, Diego. Estou preocupado com você porquê ainda gosto de ti. O tempo passou e não curou isso. Ninguém te substitui, cara. Mas não estou pedindo pra voltar. Não se preocupe. Se você está bem, fico feliz. Mas é que seu namorado me ameaçou de fazer algo que me prejudicaria muito. Tem muitos meses isto. Eu chamei ele na porrada, pois disse que não tinha medo dele. Ele só disse que à partir daquele momento eu teria. E realmente tive.
– Continue.
– Eu nunca passei senha de nada pra você, Diego. Como ele invadiu minha vida? Eu vivo hoje assombrado com medo de exposições. – disse começando a chorar.
– Do que você está falando? Está achando que dei alguma informação sua pra ele? Ele não sabe nada de você.
– Sabe sim. E sabe tudo. Sabe até que banco tenho conta.
– Michel, calma. Vocês se viram alguma vez? Eu não estou entendendo nada.
– Não. Foi tudo conversa por MSN. Eu tinha os prints, mas perdi. Foram apagados…
– Humm. Começa a fazer sentido. – interrompi.
– Que sentido? Ele é desses doidos que hackeiam, não é?
– Olha, Michel. Ele não é doido. Conheci ele sabendo de suas profundas habilidades de programação. Achei bem da hora a facilidade dele pra tudo. Ele evoluiu muito neste aspecto a ponto de parecer não ter barreiras pra ele. O que deve ter acontecido é que ele invadiu seu PC. Só não me pergunte como.
– Foram as contas de e-mail. PC ele não invadiu. Mas perdi os meus e-mails onde tinham documentos meus e algumas fotos nu. Ele me ameaçou com estas fotos. Bastava por na net e acabaria com minha vida. São fotos que somente eu havia visto até hoje. – Michel continuava chorando.
Tudo estava tenso agora. Leandro fez merda de novo e sem motivos? E porquê nunca me disse nada?
– Quando foi isso?
– Eu não sei exatamente. Mas deve ter quase 1 ano. – Imediatamente relacionei aquilo à época em que brigamos quando ele me invadiu.
– Calma. Vou conversar com ele. Não fique assim, ok? Ele não fará nada. São só ameaças.
– Diego, você não sabe o que é ir à rua e ter medo das pessoas começarem a te apontar por ter te visto em fotos constrangedoras. Você não sabe o medo que tenho de perder minha conta bancária.
– Olha, já disse. Ele não fará nada. Quanto à contas de bancos, ele não consegue invadir. Sério. Fique tranquilo. Foram somente ameaças. Vou conversar com ele pra saber porquê fez isso, ok?
– Mas conversar com ele pode piorar as coisas pra mim, não acha?
– Não, pois ele saberá que eu te liguei e não você quem me ligou. Não mentirei. Ele não vai se exaltar. Só tenha calma.
– Faz isso por mim, Diego? Tire esse peso das minhas costas? Mas promete ter cuidado?
– Prometo. Fique bem. Manterei contato, ok? E tente relaxar.
Desligamos e fiquei extremamente assustado com tudo aquilo. Leandro ameaçar Michel? Não é a cara dele. É brigão? Sim, ele é. Mas não iria comprar uma briga do nada. Precisava saber o que havia rolado. E do outro lado havia um carinha mal, deprimido, por ações bestas do meu namorado. Não, isso não ia ficar assim. Íamos consertar tudo e deixar o menino ser feliz.
Michel veio direto da faculdade para a casa da minha mãe. Ela estava trabalhando, meu irmão havia viajado com a namorada e minha irmã estava quase saindo para um barzinho. Eu estava visivelmente frio com ele. Não conseguia fingir tranquilidade. Quando ela saiu, antes mesmo dele perguntar o que houve, logo falei tudo. Ele ficou ouvindo. Não me interrompeu em momento algum. Eu não me exaltei, narrando normalmente como minha irmã chegou até mim e como liguei pro Michel.
– Tem mais alguma coisa? – perguntou Leandro.
– Não. É isso. Eu só quero saber porquê você fez isso. Na verdade, você fez isso na época em que brigamos feio?
– Fiz porquê precisava fazer. Consegui a senha de e-mail dele antes de brigarmos e mantive ela. Depois que brigamos, decidi ler tudo o que ele te mandava por e-mail e fiquei muito puto em ler ele descrevendo o que vocês faziam. Fora que ele insistia demais pra vocês voltarem mesmo sabendo que você estava comigo. Puta falta de respeito. Foi aí que decidi ter uma conversa com ele.
– Ok, ok. Mas você tem noção do que fez com ele? O menino tá arrasado.
– Só mudei a senha dele. Que tem demais nisso?
– E o conteúdo do e-mail dele?
– Tá preocupado demais com ele porquê? Aqui, fala pro seu Michelzinho que existem nuvens pra isso. Guardar fotos pelado em e-mail. Que paia. – falou Leandro já se alterando.
– Estou sim preocupado com ele. Não te fez mal algum, cara. Para de criancisse. Ele está com medo de ser exposto. Deixa ele ser feliz. Ele não nos incomoda mais. Devolva a senha dele e diga que você não tem nada dele salvo mais. Peça desculpas pra ele ficar tranquilo.
– Pedir desculpas? Ahhh, Diego. O cara me desrespeitou em uma conversa que tivemos no MSN falando que era apaixonado por seu pauzão. Me desrespeitou quando mandava e-mail pra você pedindo nova chance sabendo que estava comigo. Eu quem tenho que pedir desculpas?
– Não quero saber o que falaram. Se ele te pedir desculpas então, você devolve ele a tranquilidade?
– Porquê essa preocupação toda com ele? Ainda gosta dele? Sente algo por ele? Quer comer ele? É porquê ele é rico e eu não tenho onde cair morto? Que foi? Fala a real.
– Leandro, que porra é essa? Você está me ofendendo, velho. Preciso do dinheiro de alguém? Trabalho e estudo pra isso… eu não preciso explicar nada. Você me conhece. Sinceramente, não sei porquê falou isso pra mim.
– Você está preocupado demais com ele. Estamos felizes porquê ele ficou sob ameaças. Senão ele estragaria tudo. Foi a forma de seguirmos nossa vida.
– Cê tá doido? Ele iria atrapalhar em quê?
– Aparece um cara na sua vida que tem de tudo e pode te dar de tudo… você iria querer continuar namorando um cara que a família mal consegue sustentar em outra cidade?
– Sim. E essa foi minha escolha. Você está falando de dinheiro alheio, Leandro. Que porra é essa? Você está me ofendendo, velho. Isso tudo me faz pensar que se você estivesse no meu lugar, me trocaria por um rico então.
– Ahhhhhh. Sua capacidade de inverter as coisas. Para de ser simulado.
– Simulado? Então eu realmente sou interesseiro?
– Sei lá… – disse olhando pro lado, acabando com minha moral.
A discussão continuou e mais ofensas vieram. Não entendi de onde ele tirou que eu substituiria ele por Michel. Estávamos exaltados, o que não deixava aquilo virar uma conversa. Até que novamente repeti que ele estava me ofendendo e tive como resposta um “vá tomar no cu”. Pegou sua mochila, desceu e foi embora. Fiquei estático. Que reação mais doida do Leandro. Sempre foi ciumento, mas porquê esse surto agora? Só pedi para que desse paz ao menino.
Passei a noite pensando se errei em ter ligado pro Michel, se errei em ter pedido isso ao Leandro. Afinal, eu nem sabia direito o que Michel havia falado pro Leandro também há quase 1 ano.
Passei a noite em claro, confuso e com muita raiva. Mas isso iria se resolver. Não iria ficar assim.
Amanheceu. Era sábado. Liguei pra ele em torno de 9h. Atendeu com voz de sono. Disse que buscaria ele pra trocarmos ideia, pois tínhamos que resolver aquilo. Disse que me aguardava. Estava tão desesperado em resolver que nem me arrumei. Apenas escovei os dentes e fui como estava, de chinelo mesmo. Dirigindo descalço por BH. Chegando lá, ele me atende também com o cabelo todo pra cima e com rosto de sono. Parecia que havia voltado a dormir. Entrei e fomos pro seu quarto, pois ele disse que não iria sair. Quando entramos, me sentei em sua cama e logo ele soltou:
– O que acontecerá se eu não pedir desculpas pra ele?
– Ele continuará deprimido. E isso é ruim pra ele. Ruim mim também, pois indiretamente fui eu quem colocou ele nesta situação. E ruim pra você, pois está praticando algo muito ruim.
– O que acontecerá se eu não pedir desculpas pra ele? – fez exatamente a mesma pergunta, agora com tom irônico.
– Você não escutou?
– Quero saber o que aconteceria conosco.
– Não sei. Começarei a ter uma visão de um Leandro mal.
– Nunca ganhei nada sendo bom mesmo.
– Me ganhou.
– Te ganhei porquê afastei ele de você. Senão teriam voltado e hoje estavam casados. E eu? Eu estaria deprimido por ae. – falou exaltando.
– Para de insistir nisso. Mas que caralho. Ó. Vamos por ponto final nisso tudo e voltar à nossa vida de boa?
– Sim. Esquece este menino e voltamos a ser felizes.
– Não. Não quero ficar com peso na consciência de que tem alguém do outro lado sofrendo sendo que isso pode acabar.
– Essa dó toda dele que você tem é muito estranha.
– Estranha? Sou humano, só isso.
– Olha, quer voltar de boa? Voltamos agora. Mas não quero aquele idiota tranquilo como você está pedindo não. Prometo nunca mais fazer nada contra ele, mas não vou devolver nada e nem pedir desculpas. Essa é minha segurança.
– Então estou com você porquê ele está sob ameaças e não porquê gosto de ti?
– Não sei. Não conheço teus sentimentos.
– Não conhece? Anos juntos e você me solta isso? Tudo o que fizemos juntos. Tudo o que fiz por você, velho, não valeu de nada? Você não sente o quanto gosto de ti?
– Sem dramas, Diego. Papo acabou aqui. Aceite. Ele está bem. Estava fazendo drama pra você porquê ainda gosta de você.
– Você não vai mesmo acabar com isso? Deixa ele em paz, velho. E nunca, nunca verei este cara. Nunca conversarei com ele. Ele será um desconhecido pra mim.
– Tenho minha convicção que ele tem como conseguir você de volta. E se ele conseguir, acabo com vocês dois.
– Comigo? O que você vai fazer comigo? Vai me bater? Vai me perseguir? – falei ironicamente. Leandro não responde, se levanta da cama em direção ao seu notebook, abre algumas coisas e vira ele pra mim dizendo:
– Acabo com você assim. – fiquei estático olhando aquilo. Eram vídeos de webcam do meu notebook de coisas que eu nunca gravei. Eram vídeos curtos, editados. Eu andava nu no quarto, coçava o saco assistindo tv, cortava unha do pé pelado, o que me deixava em uma posição estranha. Mas eu morava só, afinal.
Eram filmagens de muitos meses atrás. Leandro tinha instalado um soft em meu notebook que ligava a câmera. Enquanto isso, ele capturava a tela do notebook dele. Foram várias filmagens e ele editou pra virar pequenos vídeos com partes constrangedoras minhas.
– Leandro, que porra é essa?
– Chama-se segurança.
– Leandro, o que você fez comigo? Como assim? Velho, apague isto, ow. O que eu fiz pra você? Que porra é essa, ow?
– Você nunca me fez nada, Diego. Mas quando fizesse, aqui estaria sua recompensa.
– Mas porquê eu faria algo contra você?
– Talvez porquê as pessoas gostam e você por ser bonito, inteligente e trabalha com o público. Talvez porquê existe um riquinho filho da puta apaixonado por você.
– Velho… em essa. Apague essa porra agora. Eu nunca lhe fiz nada de mal. O que você tem contra mim?
– Apago sim, quando você estiver mais calmo e esquecer esse Michelzinho seu ae. – disse sorrindo com tom irônico, o que me fez ficar ainda mais puto.
– Leandro, você quer me expor? Quer acabar com minha vida? FAÇA ESSA PORRA AGORA ENTÃO. – gritei.
– Não. Vou esperar você esquecer seu Michelzinho.
– MEU O CARALHO. Você cometeu um crime contra mim novamente. Prometeu nunca mais fazer nada parecido. Faz o seguinte: VÁ TOMAR NO SEU CU. – gritei dando um tapão no notebook dele que caiu e imediatamente ficou com a tela toda estranha (cristal líquido quebrado).
– Eu não vou tomar no cu não. Mas você e seu Michelzinho vão se foder bonito agora. Me aguardem.
Em um acesso de raiva, parti pra cima dele. Ao encostar meu peito no dele, só olhei fundo em seus olhos e saiu uma lágrima dos meus olhos, o que me fez imediatamente sair do seu quarto. Na sala estavam 2 meninos que moravam na mesma república, me encarando, pois escutaram meus gritos. Passei rápido e nem cumprimentei eles. Entrei no carro e fui embora.
Meu Leandro. Meu doce Leandro. O meu menino, meu magrelo, tão inteligente e tão bonito. Sorriso tão perfeito e tão atencioso. Este não era Leandro. Eu estava em uma angústia imensa. Uma mistura de raiva, decepção e agora medo. Eu seria exposto ao ridículo? Leandro faria isso com quem lhe amou tanto? Não, acho que não. Mas ele manteve tudo em segredo. Fez filmagens minhas e ainda editou numa época em que estávamos felizes. Sim, então ele era capaz de me expor. Tivemos breve conversa ao telefone 2 dias depois que foi bem exaltada também e terminamos de vez.
Agora eu esperava ser exposto ao ridículo junto com Michel. Agora sabia exatamente o que ele estava passando. Nada me relaxava, eu não estava indo bem na faculdade e me pegava distraído no trabalho onde erros não existiam. Errou, alguém podia morrer ou ficar sequelado.
Fobia, mágoa, decepção, injustiça. Leandro acabou comigo, me levando à tristeza profunda onde comecei a fazer uso abusivo de ansiolíticos para dormir.
W.G.
26 de Janeiro de 2017 08:55
Porta velho…que texto foda…no incio detestei seu preconceito…mais super curti a narrativa…espeto ansioso o desfecho.
Anônimo
25 de Janeiro de 2017 21:50
Bem legal kkkk
Kop
25 de Janeiro de 2017 14:03
Esperando a continuação !!!!!!
Anônimo
25 de Janeiro de 2017 12:14
muito cansativo, cheio de detalhes sem importância, chato mesmo, ele deve reescrever resumindo, isso não e livro.