Anne & Melissa – 001 – A Face De Deus

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Antes de adentrarmos o que entendo como minha mente, preciso fazer algumas ressalvas…

A primeira, essa é uma história real, e mesmo que pareça impossível, e adianto que parecerá impossível em muito, por favor, acredite em mim, estou lhe implorando, preciso de sua fé!

A segunda, não continue essa leitura caso não tenha a mente aberta a, absolutamente, tudo!

Terceira, e última ressalva, não deixarei de fora momento algum, nem mesmo o mais bizarro, ou não natural, confessarei todos os meus pecados, e encontros com o desconhecido que muitos dizem não existir.

Sinto ter falado tanto, e não dito nada, até aqui, mas, peço, imploro, insisto para que continue, abra a mente, e adentre esse universo particular, meu infinito, o íntimo de Anne Sartre…

Naquele tempo eu, e minha irmã, Melissa, tínhamos uma relação diferente do que muitos considerariam natural.

Eu estava com onze, Mel estava com sete, sei que parece impossível, contudo, como adiantei no prólogo, abandone seu conceito de possível, e impossível, se deseja continuar…

O que quero dizer é que…

Eu amava Mel como um homem ama uma mulher.

Durante toda a semana ficávamos sozinhas à noite, num apartamento no décimo quinto andar, no centro de São Paulo, essa metrópole que parece não ter fim.

Eu dava banho nela, eu a alimentava, assistíamos Netflix juntas, e por vezes, vezes demais para uma pessoa comum, vezes insuficiente para mim, nós nos beijávamos.

Os lábios de uma criança são os lábios de Deus.

Com os lábios juntos dos lábios de Mel, eu a segurava no meu colo, sentindo suas pernas abraçando minha cintura, teoricamente eu deveria estar sentada assistindo a série online, no entanto, o que eu assistia eram os suspiros daquela criança perfeita, abraçando meu pescoço com os braços finos, encostando em meus seios fartos, babando quando os minutos passavam sem que nossas línguas se separassem.

Com os âmbares fios de seu longo cabelo entre os dedos de minha mão esquerda, eu lhe mantinha face a face comigo, sem permitir movimentos distantes de nossos lábios, de nossas línguas, de nossos beijos maiores que episódios de Game of Thrones.

Com a mão direita eu explorava seu corpo de menina, depois de lhe deixar nua, exatamente como eu, sentindo suas coxas, lentamente, seus seios, pequenos, quase sem curvas, seus joelhos, rosados, sua bunda, pequeninha, sua face, a face de Deus, seu sexo, não mais virgem, pois há pelo menos um mês venho, primeiro com um dedo, e em seguida com dois, três, e até mesmo quatro, lhe deflorando, ternamente, sem deixar de beijar, sem deixar de ter seu gosto em minha boca, sem deixar de sentir sua boceta infantil alargando segundo a minha vontade, segundo o meu anseio.

Por vezes a criança no meu colo, afastando a boca de minha boca, me toca nos mamilos, alterando entre eles, lambendo, deixando sua saliva escorrer em minha pele nívea, segurando ambos os fartos seios, que parecem ainda maiores ante as mãos da criancinha, de unhas rosadas, pintadas por mim, chupando, me deixando marcada em vermelho, e até mesmo mamando.

Seu toque é carinhoso, como o esperado de uma menina sendo adestrada nas artes da satisfação feminina, como o esperado da imagem, e semelhança, do Deus vivo.

Somos religiosas, por essa razão, sinto, mas, o nome de Deus, nosso pai, e amado senhor, continuará aparecendo em meus relatos, peço que entenda, e respeite, minha fé, que também é a fé de minha irmã amada, e de toda a nossa família cristã.

Por vezes eu me tocava, enfiando os dedos dentro de mim mesma, chegando a colocar a mão direita inteira dentro da boceta quente, e excitada, pelo olhar atento de Mel.

Mel percebia a excitação dessa narrando, intensificava os beijos, me levando ao orgasmo, por vezes, me acompanhando na excitação, no suor escorrendo de nossos corpos, se juntando em nossos sexos, pulsando em nossos ventres.

Eu havia decidido, aquela menina não seria de mais ninguém, quando orávamos juntas, depois de voltar do Templo de Salomão, minhas preces eram para que Deus permitisse nossa união eterna em seu Reino Divino.

Antes de dormir, colocando minha menininha na cama, lhe dando um último beijo, eu sempre escutava “Te amo Anne” de sua voz doce.

No fechar dos olhos turquesa, no mesmo tom dos meus, brincando com o âmbar de meu cabelo, também em fios longos, lisos, aromados com os perfumes da criança adormecendo, coberta pelo pesado edredom rosado, no quarto de paredes brancas, com prateleiras tomadas por pelúcias, em todas as cores, de todos animais, como uma Arca de Noé pueril, me era ofertada a cena mais bela de toda a criação humana, o adormecer de Melissa Sartre era a prova de que não só existia um Deus, mas, de que esse Deus era bom, e me amava, quase tanto quanto eu amava aquela criança, quase tanto quanto aquela criança me amava.

Eis que os pensamentos ruins me chegavam, quando só, imaginava o destino aguardando nossos passos.

Onde os ventos da crueldade humana levariam o entendimento desses dias maravilhosos?

Quando lhe dissessem ser feio a beleza que por tanto compartilhamos, como Mel reagiria?

Eu precisava fazer algo, prepará-la para o julgamento…

Seria uma prova do meu amor, uma prova do quanto posso fazer por nós duas, algo que deixasse claro que por Mel eu poderia fazer tudo, até mesmo a maior das atrocidades…

Eu precisava matar alguém, sacrificar a Mel…

E numa noite me viera um nome em especial, um nome que Mel também conhecia, e respeitava…

Continua…

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