Miguel

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A coisa começou calma. Eu nem lembro, de verdade, o que ele argumentou para me convencer daquilo. O que lembro é que eu me sentia estranho perto do Miguel, meu primo, ele me olhava de um jeito diferente embora eu não conseguisse definir como ou porquê, mas sendo muito próximos, era algo constante. A diferença de idade entre nós dois é pouca, mas naquela época parecia enorme. Ele estava com quinze, eu terminando de completar os meus doze anos. No início, era só punhetinha e roça-roça, de roupa ainda. Eu acho que sarrei ele primeiro, lembro dele mais alto pondo as mãos na parede e afastando as pernas, lembro de ter que ficar na ponta dos pés para alcançar a bunda dele. Lembro dele pondo a mão pra trás e, puxando a minha nádega, forçava minha pélvis contra a dele. Lembro de sentir uma vontade de mijar depois de algum tempo. Mas memórias assim eu tenho poucas.

A maioria das minhas lembranças são ao contrário. Era ele me açoitando com sua vara. Eu sentia a força que ele fazia enquanto me segurava pela cintura, quase me erguendo no ar enquanto o pau dele se pressionava contra minha bunda. Lembro da cabeça dele ao lado da minha, se aproveitando de ser maior, mordendo minha orelha e me pescoço enquanto suspirava quente. Lembro das mãos dele apalpando meus mamilos como se eu fosse uma menina. Lembro do quanto eu gostava de ficar ali, sentindo ele e o ouvindo arfar e me elogiar. E, principalmente, lembro do quanto sempre gostei de vê-lo gozar, algo que ele sempre se afastava para fazer. Tudo que fazíamos, Miguel terminava na punheta, às vezes pedindo que eu batesse mas cuidasse para não cair na minha mão. Sempre foi uma preocupação maior dele do que minha.

Lembro também da primeira vez que eu senti o pau dele quente contra minhas nádegas. Foi quando ele me convenceu a baixar a cueca e sentar no colo dele. As pernas de Miguel, assim como sua púbis, com pelos que já denotavam sua maturidade. Seu pau muito mais grosso que o meu, maior, sempre cheirando à porra. Era engraçado o quanto eu admirava ver aquele cacete duro, quase como se fosse motivo deu me orgulhar e ansiar por um dia ter um igual. Meu coração estava disparado quando o deixei roçar pele-na-pele. Ele havia se sentado na beirada da cama com as pernas abertas e me conduziu devagar. De maldade, arrastou a pontinha da cabeça melada na entrada do meu cu, e eu gostei tanto quanto temi. Depois que sentei, meu cu piscava tanto sobre aquela pica dura e quente que meu pau ficava pulsando. E Miguel ficava dizendo o quanto era gostoso e ficava me incitando de diversas formas, pedindo que eu me movesse, me conduzindo até que, apoiando as mãos sobre a coxa dele, eu deslizasse minha bunda pelo seu caralho enquanto sentia a fricção das rugas do meu cu contra ele. As mãos de Miguel me apertavam e me forçavam contra seu colo como se ele esperasse que daquela forma, subitamente, seu pau me atravessasse. Ele nem precisava dizer o quanto queria enfiar, porque eu sabia e, mais do que isso, também queria. Mas naquele tempo, tão pouco sabia sobre tudo e temia tanto quanto, que chegava ao cúmulo de cogitar até gravidez, mesmo sendo homem. O medo superava a razão e a vergonha me aprisionava em vontades.

Não demorou muito até que tirar as roupas se tornasse um hábito. Miguel nem precisava mais pedir, eu muito menos reclamava. Em uma dessas ocasiões, enquanto me encoxava contra a parede, Miguel forçou o pau pra baixo, agachando-se um pouco atrás de mim, e me sarrou naquela posição. Ao invés de subir entre minhas nádegas, sentia seu caralho quente se esfregando contra meu períneo e a cabeça rosada daquela rola forçando contra o meu saco, despontando entre minhas bolas. Quando queria fazer assim, Miguel mandava que eu fechasse as pernas e assim eu fazia. Em dada ocasião, ele segurou meu pau e enquanto eu sentia a rola dele atravessar o meio das minhas pernas e se acolchoar entre meu saco, ele começou a me masturbar. Já fazia um tempo em que eu estava confortavelmente alienado na condição de passivo e não me importava, pelo contrário. Quando, enquanto sarrava o pau em mim, ele começou a me masturbar, eu me dei conta que aquilo tudo poderia ser ainda melhor. E aquele momento foi tão memorável para mim, que me recordo de ter gemido com mais frequência do que costumava. E Miguel gostou tanto daquilo que tornou um hábito. Haviam vezes que ele apenas queria que eu ficasse sentado sobre seu pau enquanto ele me masturbava. Instintivamente, claro, eu acabava aproveitando para sentir aquele pau entre minha bunda também.

Foi em meio a isso que surgiu o boquete, antes tratado com certo nojo. Embora hoje eu confesse que eu só fingia achar nojo porque me ele me fez pensar assim. No fim das contas, o cheiro que o pau dele tinha sempre me fazia salivar e provavelmente se ele pedisse, eu nem negaria. Eu nem pensava na relação pau-bunda-boca, de verdade. Mas ele sim. E quando ele pediu que eu tomasse banho ‘direitinho’ antes de encontrá-lo, eu até achei estranho. Pouco depois eu estava deitado sobre a cama dele, com as pernas abertas em frango-assado, depois de me assegurar e pedir que ele não enfiasse e ouvir ele dizer só pra relaxar. Pouco depois Miguel estava ajoelhado em frente a cama, as mãos ásperas segurando minhas pernas e a boca degustando o meu pau, lambendo minhas bolas e, pra minha surpresa e deleite, linguando meu cu. Eu sequer sabia como lidar com o prazer que me tomava. Miguel parecia me sugar, me beber, tanto que eu esquecia de respirar. E eu, tardio, ainda não gozava. A impressão que eu tinha era que ficávamos horas naquilo, o que obviamente não era condizente com a realidade, era apenas minha percepção afetada. Miguel só parava quando eu pedia, e eu só pedia para ele parar quando eu achava que ia mijar de tanto prazer. Exaurido e com as pernas bambas, foi quase natural que depois que ele me chupasse, ele passasse a sarrar em mim enquanto deitado na cama, de bruços. E eu sentia o peso de seu corpo sobre o meu, enquanto ele me comia como se aquilo fosse sexo com penetração, deslizando seu caralho entre o meio da minha bunda e gemendo no meu ouvido. Foi nessa posição que ele gozou, pela primeira vez, sobre mim. Surpreso, sequer tive reação quando senti a viscosidade sobre minha bunda e costas escorrendo. Numa reação sem entender, passei a mão e cheirei, só para ouvi-lo pedir desculpas e dizer que me ajudaria a limpar. Eu lambi o dedo assim que Miguel deu as costas e gostei.

Eu acho até que demorou até que Miguel quisesse que eu o chupasse. Por muito tempo repetíamos a mesma coisa, avançávamos sempre num passo lento frente ao fato de estarmos juntos quase todo dia. Foi depois de me chupar e lamber minhas bolas e meu cu até me deixar sem forças que eu pedi que ele deixasse eu chupar ele também. Ele ficou surpreso e questionou se eu tinha certeza, e eu afirmei que poderia fazer igual a ele – quando então ele disse que eu só chupasse o pau dele, não precisava chupar nem as bolas, tampouco o cu, por causa dos pelos. Nunca havia imaginado que ele não gostava dos próprios pêlos, contudo aceitei. Sentado sobre a cama, Miguel apontava o pau para a minha cara e, com uma mão sobre minha cabeça, me conduzia tão lentamente que me dava ansiedade. Eu de boca aberto sedento, com coração pulsando de nervosismo. A primeira vez que degustei seu pau, meu primeiro pau, foi um dos grandes momentos da minha vida, diria. O senti deslizar até que a glande se chocasse no céu da minha boca, sem conseguir engolir muito. Miguel, cuidadosamente, me puxou devagar antes de me apertar novamente contra seu pau. Eu salivava tanto que até me envergonhava, mas igualmente sentia vontade de mamar aquela pica até beber a goza. Miguel só gemia. Foi o imitando que eu tirei a boca e comecei a masturbá-lo, questionando se eu estava fazendo certo, tendo como resposta um sim sussurrante e um sorriso de moleque, largo e enérgico. Voltei a chupá-lo com o ego inflado, de quatro frente a ele sentindo sua pica pulsar na minha boca. Miguel se debruçou sobre mim e segurou minha cabeça com as duas mãos em um gemido longo, mas logo voltou ao normal. Senti que quase engasgaria mas, felizmente, o pau dele ainda não era tão grande pra isso. Meu nariz coçou com os pêlos da púbis contra o qual roçou. Quando olhei pro Miguel, ele mordia os lábios e avisou que gozaria. Fiquei por alguns segundos indagando o que faria, tomando coragem para pedir que gozasse na minha boca, porém temendo que ele achasse nojento ou coisa do gênero. A empolgação falou mais alto e ele pareceu incrédulo, mas o sorriso que abriu logo em seguida me deixou confiante. Contudo, ao invés de me deixar mamá-lo até que gozasse, Miguel me retirou e começou uma punheta rápida bem na minha frente. Seus movimentos eram tão rápidos que me parecia que ia descolar a cabeça do pau, mas ele gemia e aquilo me excitava. Foi súbito quando ele parou e me puxou pela cabeça, no que eu abri a boca e senti a goza espirrar nos meus lábios. Deslizei os lábios em seu caralho sentindo o esperma jorrar na minha língua. O chupei até que o senti relaxado.

Durante dias seguintes e às vezes várias vezes por dia, eu mamava Miguel e saia feliz e alimentado. De pé a minha frente, ele passou a foder minha boca. O fato de enfiar dentro da minha boca acabou mexendo com ele. Como quase sempre estávamos na casa dele, por vezes ele se sentava apoiado na cama e eu ficava deitado na frente dele, o mamando. Primeiro ele pediu que eu fizesse isso de bunda exposta, porque gostava de ver minha bunda. Depois ele passou a interromper o boquete e pulava para trás de mim, às vezes degustando meu cu com a boca, às vezes sarrando minha bunda como se estivesse fodendo. Não demorou até que a ideia de me penetrar surgisse. E eu até queria, fazia tempo aliás, mas ainda temia. Preso no medo ilógico, as coisas foram caindo por terra quando ele disse que na bunda não havia problema, já que sairia depois e que, mais do que isso, eu já estava acostumado a beber sua porra e nunca tinha acontecido nada. Não precisei refletir muito, deixei.

Miguel era sagaz. Ao invés de decidir enfiar na hora, o que tornaria tudo difícil, ele fez o que pôde para tornar a experiência mais fácil. Naquela tarde ele começou chupando meu cu, lambuzando tudo e brincando com os dedos. Não foi difícil para enfiar um, dois eu achei suportável, três me bateu um desconforto que foi superado quando ele sacanamente decidiu chupar meu pau. Miguel chupou meu pau enquanto mantinha os dedos no meu cu até que eu quase mijasse. O prazer foi tanto que eu acho que se tivesse permitido que ele continuasse, talvez eu gozasse a primeira vez ali. Mas não, pedi para que parasse e eu já estava suado e exaurido o suficiente para me esquecer do que viria a seguir. Miguel levantou uma das minhas pernas e senti o pau dele ser posicionado contra meu cu. Só a ideia de estarmos prestes a fazer aquilo já me me recuperou um pouco. Senti ele forçar a glande e as pregas resistirem, tentei relaxar e com uma das mãos afastei as bandas da bunda mais. Miguel apoiou a perna contra a cama e forçou, até que a glande deslizou e um frio me correu a espinha, me deixando sem ar. Apesar de não ser de um tamanho anormal para a idade, Miguel tinha um pau grosso. Mais do que os três dedos que ele havia enfiado antes. No reflexo, eu lembro que cobri o rosto com o travesseiro e mordi, evitando gritar. Miguel disse que faria com calma e não demorou muito até começar a empurrar. Eu deixei, porque queria passar por aquilo, porque meu desejo era maior do que a dor que eu sentia. Não demorou até que Miguel pedisse que eu olhasse e sentisse a pélvis dele encostar em mim depois dele atolar o pau todo no meu cu e se debruçar um pouco sobre mim. Minhas pernas erguidas, eu acompanhava o corpo dele descendo o olhar pelo abdômen até ver a pélvis dele colada no meu corpo, com seu pau encaixado no meu cu e meu pau duro de novo por sentir aquilo. Tudo que fiz foi gemer, o que Miguel tomou como um tiro de largada para começar a foder meu cu, quase se esquecendo que aquela era a primeira vez.

Miguel segurava em minha perna e apertava a mão contra minha barriga como se esperasse sentir o pau dele cutucando meu interior. A despeito daquilo ser impossível, a impressão que eu tinha era de que toda rola estava me preenchendo por completo. Ver ele ali, na minha frente, tão compenetrado enquanto me fodia me enchia de prazer por si só, mas isso era só um bônus, porque nada do que já havíamos feito se igualava a sensação de tomar rola no cu daquele jeito. Nós nem sequer havíamos acabado eu já sentia como se quisesse mais. E tudo ainda ardia, mas meu corpo se entorpecia de tal jeito que os espasmos de dor eram perdidos frente ao êxtase do prazer. Miguel nunca havia me parecido tão másculo antes daquilo. A impressão que eu tinha é que ele estava embalado tanto em prazer, quanto na responsabilidade de me foder ali. Hoje acredito que ele foi tomado pela ideia de macho-alfa, ou uma auto-realização de que ele fodia de verdade e fodia bem, que era bom nisso – algo que todo homem quer ser. A empolgação porém fez com que ele gozasse antes do que gostaria, me deixando com mais vontade do que eu supus que sentiria. Mal senti o esperma quente ser despejado dentro do meu cu, o que mais me chamou atenção de verdade foi pau atolado pulsando enquanto esporrava. Só depois percebi o líquido que escorria do meu próprio pau.

Naquele dia ríamos quase que sem motivo. Eu sempre quis saber de outros se, depois que você sente um pau no cu pela primeira vez, tu começa a sentir um vazio. Foi assim comigo. Mesmo após dar o cu pela primeira vez, eu já olhava para Miguel sedento de que ver o pau dele subir de novo e ele pedir para me comer uma outra vez. Para minha sorte, naquela noite ele perguntou se minha mãe não deixaria eu dormir em sua casa. Não seria a primeira vez e minha tia sempre ficava feliz quando eu fazia companhia para ele. A noite foi tão produtiva que vinte e quatro horas depois de ter um pau na bunda pela primeira vez, eu já me sentia costumado. Eu passei tanto tempo empalado na pica do Miguel naquela noite, que minha vontade era de viver agarrado com ele ali. E pelo jeito como ele me comia, acho que o desejo era mútuo.

Para mais: renningcontos.wordpress.com