A Minha Vida – história real – quarta parte

Passaram-se alguns dias e eu preferia apenas trabalhar e ficar em casa. Não saía e inventava desculpas quando amigos me ligavam para vir à minha casa. Em tão pouco tempo, fiz duas pessoas sofrerem muito.
Decidi então voltar a usar o bate-papo à procura de outro cara, pois precisava esquecer Gustavo. Não o amava, claro. Mas ele foi meu primeiro cara e foi especial demais. Tínhamos uma combinação que eu achava jamais encontrar em outro cara. Falávamos de visão de mundo, gostávamos de músicas diferentes e politizadas, zuávamos bastante… queria ter vivido mais momentos com ele. Para parar de pensar assim, era melhor eu conhecer outro cara pra esquecer o Gustavo.
Entrava no bate-papo da minha cidade desta vez e encontrava apenas casados ou caras estranhos, totalmente fora do meu mundo. Eu não tinha pra onde recorrer e sentia falta de alguém ao meu lado, principalmente pra sexo.
Com o passar dos diasn conversei com três caras muito bacanas. Adicionei todos no MSN e continuamos. Dois tinham 18 anos e eram de cidades vizinhas. Um tinha apenas 15 e era da cidade de Juiz de Fora, um pouco mais longe. Fuçando Orkut, consegui encontrá-los. Um tinha o rosto bem bonito, era meio gordinho e parecia mesmo gente fina, mas conversávamos tão pouco no MSN. Ele era muito sem papo. O outro, extremamente bonito: olhos verdes, loirinho e magrinho. Caralho, que cara bonito. E ainda gostou de mim. Será que dei sorte mais uma vez? Já o de 15 anos, achei bem bonito também, mas nos perdemos nos papos e paramos de conversar. Chama-se Leandro.
Este de 18 anos da cidade vizinha com olhos verdes se chama Henrique. Conversamos por alguns dias no MSN e a conversa sempre fluía muito. Já o outro, gordinho, Michel, só nos cumprimentávamos. De vez em quando eu via Gustavo online, mas ninguém puxava assunto. Enquanto isso, o papo com Henrique estava alto. Estávamos falando de putaria já. Liguei cam e mostrei meu pinto, enquanto ele mostrou o dele e com muita insistência minha mostrou a bundinha branquinha dele. O cara parecia bem inteligente e muito cabeça, além de muito bonito e putinho depois de certa intimidade.
Em uma de nossas conversas, de madrugada, falando de putaria, ele me chama para ir em sua cidade, que fica há 15 minutos da minha. Eu estava com preguiça e tava tarde. Mas ele me ganhou quando voltei a olhar teu Orkut e vi o quanto era bonito. Fora as coisas que ele estava falando. Fui vencido pela libido.
Tomei um banho rápido, aparei as axilas e pelos pubianos (apenas em torno do pinto) pela primeira vez, vesti calça jeans, camisa, tênis e a jaqueta de couro que eu adorava tanto. Peguei a moto e fui para o local marcado, já com o telefone dele gravado. Cheguei e mandei sms. Me sentei na grande praça que ele marcou e esperei. Até que um Fox preto para na rotatória e buzina. Olhei e achei estranho. Devia ser algum esquisitão casado querendo me chupar por grana. Nem rasguei e a buzina continuava. Até que ele me liga:
– Você é difícil, hein? – fala Henrique.
– É você no Fox?
– Sou sim. Entra ae.
– Estou de moto, cara. Estacione e vamos trocar ideia aqui.
Ele estacionou e veio em minha direção. Vestia uma camisa azul que parecia fazer teus olhos ficarem ainda mais claros. Cabelo liso bem claro meio curto com uma franja. Estava de calça jeans e tênis também. Quanto mais perto chegava, mais nervoso eu ficava e mais notava o quanto era bonito ele. Magrinho, mais que eu, um pouco mais baixo e com rosto de uns 15 anos. “Que perfeitinho”, eu pensava. Ele chegou sorrindo, nos cumprimentamos e sentou-se ao meu lado.
– E ae? Beleza? – falou ele estendendo a mão.
– Bom demais.
– Então você é o fã do Marilyn Manson?
– Bom, gosto muito. Influenciou demais minha visão de mundo e me fez ler vários livros, incluindo quase toda a bíblia. Me ensinou também a questionar tudo.
– Louco demais. Gosto muito de pessoas diferentes.
E assim continuou o papo que durou cerca de 1 hora. Falamos de seu curso de engenharia civil, do qual havia acabado de entrar, nossos pensamentos em relação ao mundo, filosofia e afins. Claro que ele não era um Gustavo da vida, cheio de ideologias, mas era um cara bem bacana. E vi que era inteligente mesmo, como havia pensado.
Depois de muito conversar, do nada, naquela imensa praça deserta, por volta das 3 e meia da madrugada, ele me solta um beijo na boca. Um beijo que durou uns 10 segundos. Fiquei assustado e ele percebeu. Me pediu para seguí-lo de moto para ficarmos num lugar mais reservado. Pensei: “pronto. Comi”. Hahaha.
Segui Henrique por até um posto de combustíveis há cerca de 2 quarteirões da praça. Ele me pediu pra deixar a moto em frente ao seu carro. Entrou atrás do posto, lugar bem escuro e me pediu para entrar no carro no banco de trás. Me beijou mais uma vez quando eu mal entrei no carro.
– Você é o primeiro gótico que fico, sabia? – disse ele.
– Haha. Gótico? Tá doidão? Não frequento cemitérios e não sou depressivo.
– Eu sei. Tô zuando. Hehe. Mas é o primeiro rockeirinho que fico.
– Só por quê toco bateria e ouço metal?
– Não. Seu estilo mesmo. Essa corrente no pescoço e você todo de preto.
– Faltaram os brincos, piercings e tatuagens. E também, minha camisa é branca.
– Sua blusa não deixou eu ver. Tira ela. – tirei a jaqueta.
– Eu pedi pra tirar a camisa também.
– Por quê você mesmo não tira? – falei. Ele veio mais pra perto de mim, quase sentando-se em meu colo e me beijou. Ficamos beijando enquanto meu pau subia e começava a me incomodar naquela calça jeans. Levantei a camisa dele e comecei a acariciar tuas costas enquanto nos beijávamos. Ele parou e tirou minha camisa. Ficou olhando meu corpo no escuro e sentou-se de frente pra mim, nas minhas pernas. Voltou a me beijar e eu acariciando suas costas. Meu pinto já estava naquele ponto de querer rasgar a calça jeans. Beijávamos intensamente quando ele começa a acariciar meu pau por cima da calça. Segurei ele pela nuca tornando o beijo ainda mais intenso. Ele apertava meu pau e acariciava enquanto eu começava a perder meu controle… e perdi. Abri o zíper da calça, ainda beijando ele, abaixei um pouco a calça e cueca e tirei o pau pra fora. Peguei em sua mão e levei até lá. Ele acariciava a cabeça, o pau todo e o saco. Depois começou a me punhetar devagar, oscilando entre carícias e apertos no pau.
Eu gemia bem baixinho e discretamente. Meu pau parecia ter vida de tão duro. Entrei com as mãos na calça e cueca dele e comecei a acariciar sua bundinha bem pequena e durinha (típica de magrelos). Enquanto ele me punhetava mais forte e nos beijávamos, explorei mais sua bundinha, indo devagar em direção ao meio. Cheguei lá e notei que não havia pelo algum. Fui mais fundo e senti seu cuzinho muito quente bem nos meus dois dedos do meio. Era tudo liso (bunda e cu), muito liso mesmo. Agora ele gemia bem baixinho também enquanto quase mastigávamos a língua do outro de tanto tesão. Até q ele parou e olhou pro meu pau, mesmo no escuro.
– Mas que pauzão. Quantos centímetros tem?
– 20. Nem é tão grande nada.
– Não é grande, é imenso. Como aguentam?
– Com carinho vai, você verá.
– Você não vai enfiar isso em mim. Tenho dignidade e um cu pra manter. Haha.
Peguei seu rosto com as duas mãos, aproximei bem meu rosto do dele e falei:
– Essa delicinha de cu continuará intacto. Eu nunca te machucaria. Terei paciência se doer. Vou parando, vou devagarzinho, mas esse cuzinho aqui é meu agora – falei enquanto pressionava seu cu agora com os dedos.
– Safadão. Você nem tem cara de ser tão safado. E eu não imaginava encontrar um pintão desses.
– É seu agora, tá bom? Só não largue ele – peguei sua mão e coloquei no meu pau, voltando a nos beijarmos.
Beijamos pouco, por uns 20 segundos, quando ele sai do meu colo, arrasta os bancos dianteiros pra frente, abaixa minha calça e cueca até o tornozelo, fica agaixado de frente pra mim e cai de boca. Começou chupando a cabecinha, sugando-a. Me encostei na poltrona traseira e relaxei, colocando as mãos na cabeça e fechando os olhos. Ele foi chupando mais e mais. Chegava na metade e subia novamente, babando o meu pau todo e segurando-o pela base. Ficava chupando dessa forma enquanto eu viajava. Estava perfeito demais aquele loirinho tão bonitinho me mamando e com vontade. Eu iria gozar logo e seria na boca dele.
Pedi para tentar chupar tudo. Ele tentou, mas não conseguia passar da metade, engasgando. Agora eu segurava sua cabeça e fazia discreta força para ele ir mais fundo. Como não ia, comecei a meter em sua boca bem de leve, fazendo movimentos de vai e vem. Eu estava com tesão extremo e ofegante. Ele parou, pois acho que percebeu que não duraria muito. Sentou-se ao meu lado e abaixou tua calça e cueca também, pedindo para eu pegar em seu pinto. Peguei, comecei a punhetar e a beijá-lo, enquanto ele também me punhetava. Seu pinto parecia com o do Gustavo em tamanho e circunferência, porém era seco de tudo como o meu, sem gala (a babinha do pau).
– Você tem camisinha ae? – ele perguntou.
– Nó, velho. Nem lembrei de trazer.
– Ahhh. Queria experimentar, já que você falou que não vai me machucar.
– Você não tem nenhuma ae não?
– Nada.
– Olhe direito na carteira, no porta-luvas. Vamos achar uma, vai.
– Haha. Safadinho, eu não tenho e o carro é do meu pai.
– Vamos em alguma farmácia procurar então.
– Não tem farmácia aberta a essa hora aqui na cidade.
– Mas que porra… então vamos na tua casa. Espero de longe. Você pega e voltamos.
– Ô manim, você está muito ansioso. Estou com medo de ser estuprado agora. Haha. Calma, Encosta na poltrona e fique calmo. – eu realmente fiquei fora de mim. Acontece até hoje no ápice do prazer. Mas encostei na poltrona e ele voltou a me punhetar, agora com força. Pedi para pegar no meu saco com a outra mão e ele o fez. Abaixou a cabeça e voltou a me chupar. Ele estava sentado ao meu lado e chupando, enquanto eu acariciava sua bundinha. Ficamos alguns minutos assim e pedi para ele se ajoelhar de frente pra mim novamente. Ele foi e voltou a chupar como antes. Voltei a meter em sua boca enquanto ele chupava, segurando sua cabeça. Estava ficando intenso, muito intenso. Agora eu metia com um pouco mais de força e a intensidade extrema já. Senti falta de ar súbita, pressionei mais sua cabeça contra meu pau não deixando-o voltar e meti o pinto, sem voltar também, gozando em sua boca e gemendo alto. Gozei muito, pois os jatos não paravam. Ele tossiu, pois a boca estava cheia e eu ainda gozava.
Me encostei novamente na poltrona e fui soltando sua cabeça. Ele foi tirando a boca devagar do meu pau, largando ele lá babado e gozado, sentando-se ao meu lado me chamando de gostoso. Vi que ele havia engolido e fiquei grato por ter confiado assim em mim. Mas nem pensei que ele pudesse fazer isso com outros. Só queria aproveitar o momento.
Ele começou a se masturbar pegando no meu pau com a outra mão. Abaixou-se e voltou a chupar meu pau meia bomba enquanto eu acariciava sua bundinha. De repente, só sinto uns respingos quentes em minha coxa. Henrique gozou em mim, no banco e no chão, mas nem gemeu ou fez barulho algum.
Sentou-se ao meu lado de novo. Encostei-me na porta e trouxe ele pra mim, deitando sua cabeça em meu peito. Ficamos assim por alguns minutos, em silêncio, gozados e com as calças nos tornozelos, enquanto eu acariciava tua cabeça.
– Maninho, tenho que ir. Vai amanhecer e nem falei em casa que iria sair. – disse ele.
– Hum. Vai mesmo. Mas que dar mais uma chupadinha antes de irmos?
– Hehe. Safado demais. Mas não dá. Meus pais vão acordar. Você trabalha que horas hoje?
– Hoje não. Amanhã. Amanhã só é hoje depois que eu durmo. Haha. Mas trabalharei às 19 horas.
– Poxa. Ia pedir pra você voltar. Que dia pode voltar?
– Folgo depois de amanhã.
– Beleza. Você vem então e vamos nos falando enquanto isso.
Nos vestimos, e quando eu ia saindo do carro, ele me puxa e me beija. Gosto de porra na boca, mas gostei. Nos despedimos e vim embora novamente satisfeito e começando a ficar feliz.
Passaram-se dois dias e continuei conversando muito pouco com Michel e Leandro, aqueles caras do MSN muito ruim de papo. Não tinha a mínima intenção de conhecê-los. Sequer desenvolvia algum assunto entre nós. Enquanto isso, o papo com o Henrique era quente e ele parecia dar atenção exclusiva a mim, pois respondia sempre muito rápido. Apenas uma ficada, eu mal conhecia o cara e já estava empolgado e muito menos triste. Mas ainda era cedo para falar que eu morava só praticamente. Só iria entrar em minha casa depois que realmente me conquistasse. E ele parecia estar no caminho com assuntos tão agradáveis sobre carros, que ele tanto gostava e eu também e papos mais quentes. Marcamos novamente tarde da noite no mesmo lugar. Tomei um belo banho, peguei a moto e fui.
Chegando no local, haviam pessoas na praça. Mandei msg pra ele dizendo que havia chegado mas estava em uma avenida perto de uma concessionária, pois a praça tava “embaçada”. Ele chegou rápido, parou ao meu lado, abaixou o vidro e sorriu. Que carinha bonito, puta que pariu. Deveria ser modelo. E eu, um simples mortal, pegando ele. Era sorte minha ou azar dele? Foda-se. Eu iria aproveitar.
Ele disse para irmos para o mesmo local sem passar pela praça, era só eu seguí-lo. Assim fizemos e chegamos no mesmo lugar. Desliguei a moto e tirei o capacete. Ele desligou o carro mas não saiu ou abriu a porta. Fiquei cismado em chegar e abrir, mas também não iria ficar ali olhando. Abri a porta do passageiro e entrei. Ele me recebeu com um selinho, sem nem dar outro “oi” ou cumprimentar com aperto de mãos. Já logo intimou para irmos para trás e assim fiz.
Mal fechei a porta de trás e ele já estava abrindo meu zíper. Eu preferia ir aos poucos, beijar bastante, fazer carícias… mas ele estava com muita vontade de sexo (foi o que pensei). Deixei ele abaixar minha calça e cueca mesmo com meu pau ainda meia bomba. Entrei na dele e abri seu zíper abaixando sua calça e cueca e acariciando sua bundinha durinha. Queria ver ela, beijar ela, mas seu tesão por pau (achei isso) não estava permitindo. Ele logo abocanhou meu pinto que já estava durão e ficou mamando com muita pressa, pegando ele pela base e batendo, me enchendo de tesão. Eu acariciava sua bundinha, mas não conseguia alcançar seu cuzinho nesta posição. Enquanto chupava, deixava meu pinto bem molhado e batia pra mim, coisa que me deixa muito louco. Eu estava com muito tesão vendo aquele menino tão bonito me chupando com tanta vontade. Mas eu queria explorar o corpo dele também. Mas já que ele queria assim, encostei-me na porta, relaxando e deixando o pauzão todo pra ele. Sentia que meu pinto já babava em sua boca, mesmo ele praticamente não soltando gala alguma, quando seu celular toca. Ele imediatamente para, pega o celular no bolso da calça que estava na altura de seus tornozelos no assoalho do carro e olha pra ele, meio nervoso. Sua tentativa de tentar me impedir de ver o seu celular foi frustrada. Nem ergui a cabeça e vi “Willian ligando” escrito no celular. Ele não atendeu. Assim que o contato desligou, ele colocou no silencioso e ficou com o celular na mão, voltando a me chupar. Tudo muito mecânico, muito estranho. Continuei na mesma posição enquanto ele me chupava e via seu celular acender chamando novamente insistentemente. Henrique me chupava e me masturbava com muita intensidade. Decidi fechar os olhos e apenas aproveitar sua boca quentinha engolindo metade do meu pinto e sua mão esquerda batendo pra mim, no restante do pau que não entrava em sua boca. Até que novamente senti que devia estar soltando gala e ele com uma punheta ainda mais intensa e chupando daquela forma, gozei segurando sua cabeça. Fiz ele engolir metade do meu pau sem mover a cabeça. Ele deu leve engasgada mas continuei segurando enquanto meu orgasmo permanecia. Assim que gozei tudo, ele foi tirando a boca do meu pau lentamente, olhou pra mim e sorriu. Vi novamente que havia engolido tudo. Sorri de volta, quando ele solta:
– Velho, tenho que ir. Meu pai vai precisar do carro e saí escondido. – não fazia sentido aquilo pra mim. Eu fui pra ficar com ele como ou melhor que da primeira vez. Queria acariciá-lo, conversar, explorar teu corpo… mas respondi apenas um “ok”.
Nos vestimos em silêncio e me despedi dele, quando veio em minha direção e deu um selinho com um seguido “falou”. Saí do carro meio chateado. Coloquei o capacete e sentei na moto. Este período foi o suficiente pra ele sair rapidamente com o carro. Chateado, liguei a moto e vim embora, mas cerca de 2 km pra frente vejo um Fox preto parado, estacionado e ligado. Passo e vejo ele ao telefone. Acho que não percebeu que era eu. O lesado esqueceu que aquele era meu caminho para pegar a estrada e eu sabia que não era o caminho para a casa dele.
Vim pensativo no pequeno percurso de 10 minutos. Chegando em casa, ligo o PC e vou ao Orkut dele. “Fuçando” direitinho, vejo um menino que eu já havia visto com ele em várias fotos, mas pra mim era um grande amigo. Foi só ver nos comentários que notei ser o tal Willian. Fui ao perfil do sujeito que era repleto de fotos de ambos no nordeste e no sul do país. Mais chateado ainda, entendi que este cara era namorado dele. Ou então já foi e decidiram voltar enquanto nos conhecemos. Mas seja como for, Henrique não era pra ser pra mim. Primeiro dia foi incrível conhecê-lo. Tão bacana, tão gente boa, tão inteligente, tão bonito. No segundo, algo muito mecânico e depois acontecimentos suspeitos. Decidi que era melhor ir dormir e aceitar que eu não me dava bem no mundo gay.
Semanas se passaram e eu havia prometido a mim mesmo contar sobre mim para meus amigos e para a família, mas ainda não o tinha feito. Estava com a cabeça quente, pois iria começar a faculdade que agora eu tanto queria (biomedicina). Tinha o fato também de querer me desfazer da moto, pois via muitos acidentes motociclísticos no hospital com tetra ou paraplegia e isso só aumentava minha vontade de comprar um carro. Mas iria fazer uma faculdade meio cara e pagar um carro financiado. Não sabia se conseguiria.
Em um determinado final de semana, meus 3 melhores amigos, Thales, Eduardo e Helton, foram para minha casa para bebermos. Decidimos não sair neste final de semana. Eles trouxeram cervejas, marula e vodka. Era sábado à noite e combinamos que eles dormiriam em minha casa devido ao alto teor alcoólico na cabeça. Estávamos altos, brincando muito um com o outro, zuando sobre tudo. Eu, como sempre, bebia muita água afim de remover o álcool mais rápido do organismo e também hidratar, por isso não fiquei bêbado a ponto de perder a noção das coisas. Eles estavam reunidos comigo em minha casa. Vi que não teria momento melhor para falar de mim pra eles. Mas não sabia como começar e nem se valia à pena falar. Fiquei uns 20 minutos na minha, pensativo, criando coragem pra falar, até que os chamei na sala e disse que precisava muito falar algo sério. Ninguém estava bêbado de cair, mas Helton não estava tão ciente quanto nós. Falei que era algo sério e precisava da atenção deles, mas sem sucesso. Até que disse em tom alto e muito sério que eu estava muito doente e eles precisavam saber. Falando isso, todos ficaram estáticos, me encarando, quando continuei:
– É mentira, seus viados. Mas foi o único jeito de prender a atenção de vocês.
– Bicha. Imaginei você com um tumor na cabeça agora, caralho. Haha. – falou Eduardo.
– Foi mal. Haha. Mas é que preciso mesmo falar um troço, saca? E quero que saibam que estou bem ciente. Não estou falando nada sob efeito alcoólico. – falei.
– Vai falar que ama a Nicole e que brigaram e que quer voltar. Isso já sabemos. – falou Thales.
– Eu sinto algo muito forte por ela, mas não podemos voltar nunca mais. Há algo que me impede.
– E o quê te impede? Ela não está com outro e nem você com outra. Isso ae não vai durar nem mais 15 dias. Vocês não vivem um sem o outro. A não ser que você está jogando do outro time. – falou Eduardo. Todos riram sem nem imaginar que era isto mesmo. Eu permaneci sério.
– Duardo (chamo ele assim), apague a luz ae que vou falar. Não quero que me vejam enquanto falo.
– Velho, tô curioso agora. Fale logo. – apagou a luz e todos permaneceram em silêncio.
– Duardo, sobre o quê você falou mesmo em relação a jogar em outro time? – perguntei.
– Falei zuando, carai. Fala logo o que é.
– Ó. Não vou enrolar e falarei pouco. Façam tuas perguntas agora, porquê não tocarei mais neste assunto.
– Ganhou na mega e quer dividir conosco. Te amo, manim. – falou Helton embriagado.
– Estou sim jogando no outro time… silêncio total por cerca de 20 segundos.
– Ahhhhh. Tomar no cu. E eu pensando que não era zueira. Pega mais cerva pra nós lá, Thales. – falou Eduardo.
– Estou falando sério. Não estou zuando com ninguém. Este foi o motivo do término com a Nicole. Olha, eu não quero falar muito sobre isso, ok? Só acho que vocês deveriam saber.
– Eu desconfiava. A Nicole me disse isso, mas pensei que fosse por raiva por você ter terminado com ela. – disse Thales.
– Sério? O Que mais ela te falou? – perguntei ao Thales.
– Que você estava enganando a todos nós se passando por “homem”. E que era pra eu ter cuidado, vai que você me agarra. – todos riram. Me mantive sério e pensando na raiva da Nicole em falar isso.
– Tô entendendo nada. Porquê a Nicole falaria isso? – perguntou Eduardo.
– Porquê em partes é verdade. Não sei rotular o que sou, mas gosto de homens e decidi contar pra ela. Mas nunca enganei ninguém e nunca usei ela pra me esconder. Olha, isso é o que eu queria falar. Gostaria muito de não mais falar sobre isso. – falei. Dali pra frente eu veria se minhas amizades permaneceriam ou não.
– Ok. Mas você está falando sério mesmo? Chega de zuação. A menina tá sofrendo muito e se for uma brincadeira, não tem como te perdoar, velho.
– Ahhhhh, tomar no cu vocês todos. Ele zombando com a cara de todo mundo e vocês caindo. Acende essa luz, porra. – disse Helton.
– É sério sim. Eu sempre amei ela, mas não sei explicar como isso foi acontecendo.- falei.
– Mas você tem vontade de fazer o quê com homem? – pergunta Thales.
– Não quero aprofundar nisso. Só queria vocês cientes e preciso que acreditem.
– É só isso que você tinha pra falar? Porquê decidi que hoje ia ficar bêbado até perder os sentidos e quero voltar a beber. – disse Eduardo.
– Só isso? É meio sério. Apesar que não fará diferença nenhuma na minha vida. – disse Helton, bêbado, resmungando mais alguma coisa.
– Velho, vá ser feliz. Você está neurado com coisa muito besta. Você deve estar perdido. Uma hora você se encontra. Deixe as coisas acontecerem. – disse Thales.
– Você não afinando a voz e nem deixando de tocar nas bandas, continua sendo meu brother do mesmo jeito. Haha – disse Eduardo acendendo a luz e indo pra cozinha pegar mais bebidas.
Fiquei sentado e espantado com a reação natural deles. Pensei que me questionariam muito e que teria um pequeno julgamento também. Mas no fim pra eles parecia a coisa mais normal do mundo. Tanto que ainda perguntei se algo mudaria e me zuaram que mudaria se eu desse em cima deles. Voltamos a beber e nunca mais tocamos neste assunto. Realmente apareceram os melhores amigos em minha vida, apresentados a mim por Thales na adolescência. Mais semanas se passaram e meu relacionamento com meus amigos continuou exatamente o mesmo, o que me fez achar que preconceito nem existia mais (grande engano).
Comprei um palio azul, primeiro modelo, terceira mão. Estava feliz com esta segunda aquisição, fruto do meu trabalho. Queria um carro melhor, mas os gastos iriam aumentar drasticamente. Fui o primeiro a ter um veículo entre meus amigos que estudavam ou ganhavam apenas 1 salário mínimo. Nesta altura eu estava completando 21 anos. Eu continuava com a moto ainda.
Sempre via Henrique no MSN, mas nunca puxava assunto com ele, que também fazia o mesmo. Enquanto isso meu papo com o Michel e Leandro nunca se passava de “oi. Como vai?” Mesmo assim, um dia Michel repete algo que já havia falado:
– Não está na hora de nos conhecermos? – pra mim não, pois não falávamos quase nada. Não iríamos nos dar bem. Mas por outro lado, o que eu tinha a perder? Pelo menos educado ele era, bastante até. E também eu estava com muita vontade de transar. Já faziam meses que eu não transava.
– Pode ser. Quando dá pra você? – perguntei.
– Qualquer dia da semana depois das 23 horas.
– Hoje, por exemplo?
– Claro. Só me dê certeza, que ae não vou de van pra faculdade. Vou de carro.
– Ok. Vamos sim.
– Beleza. Me fala seu celular. – passei o número e em 15 segundos ele toca. Atendi e era Michel falando que queria saber se eu tinha mesmo voz de homem. Haha. E agradei muito da dele também. Voltamos ao MSN onde marcamos os detalhes do encontro.
Foi ficando tarde e tomei banho. Enquanto me arrumava, ouvia Rage Against the Machine. Terminei e fui para o local que marcamos. Era um local público, normal. Mas nem sabia em que carro ele estaria. Quando cheguei, haviam vários carros. Parei a moto atrás de um Fiat Strada vermelho e mandei mensagem pra ele dizendo que havia chegado. Recebo um “também cheguei”. Não via ninguém parecido com ele e os carros estacionados estavam todos desligados. Recebo outra sms: “você parou com uma moto atrás de uma Strada?” Respondi que sim e ele envia outra sms: “Estou na Strada. Entra ae”. Caralho. Estacionei bem atrás dele. Nem deu tempo de me preparar psicologicamente pra ficar nervoso. Mandei outra sms dizendo para ele descer que era melhor, e ele fez. Desce do carro e vem em minha direção um menino meio gordinho, cabelos bem lisos porém curtos e castanho-claros como o meu, da minha altura (relembrando, agora eu já tinha 1,80m, com 65 kg, sim, magrelo. Ele deveria pesar cerca de 85 kg). Seu semblante era fechado. Vestia calça jeans, uma camisa azul e um cordão fino no pescoço.
– E ae? – disse ele. – estiquei a mão para cumprimentá-lo.
– Beleza?
– Bom demais. Deixa a moto ae. Vamos dar um rolé.
– Ah velho, vai que roubam ela. Não é muito seguro aqui.
– Deixe em um lugar mais movimentado. Deixe em frente àquele posto de combustíveis. Lá tem posto policial. – bem pensado.
– Ok. Vá até lá para me pegar.
E fomos. Deixei a moto e entrei em seu carro. O menino cheirava bem. Seu perfume era leve mas bem gostoso e seu rosto era tão bonito. Semblante fechado com sobrancelhas bem grossas. Achei bacana. Ele puxava assunto e eu respondia. Estava bem diferente do MSN. Mas eu não fazia ideia de onde estávamos indo. Afastando cada vez mais dos bairros, notei que estávamos indo para uma “quebrada”. Realmente. Levou o carro para uma estrada de terra sem iluminação em um loteamento muito novo e desligou-o. Olhou pra mim e perguntou:
– E ae? Que achou? – que pergunta mais babaca, eu pensei. Não sei o que responder, mesmo gostando.
– Bacana. – respondi.
– Você é bem tímido, né?
– Um pouco.
Veio em minha direção e me beijou. Sua barba estava ralinha, dava pra sentir seu bigode crescendo. Seu cheiro era muito bom. Acariciei seu rosto e começamos a trocar línguas e assim ficamos por uns 2 minutos ininterruptos.
– Gostei bastante de você. É mais bonitinho ainda pessoalmente – falou Michel.
– Valeu. Hehe. Você também é bem bacana. – e voltamos a nos beijar. Mas que puta cheiro bom ele tinha.
Meu pinto estava durão e eu estava doido pra mostrar a ele, mas não sabia qual seria sua reação assim, tão rápido. Até que sinto ele acariciar meu pinto por cima da calça. Comecei a beijá-lo com mais intensidade e a respiração ofegante. Até que ele para e diz:
– Tenho um lugar melhor para ficarmos. É uma casa do meu pai que está para locação. Está vazia. Bora?
– Agora. Mas e a moto?
– Vamos lá pegá-la e você me segue. Tem onde guardar lá.
E assim fizemos até chegar na casa mencionada. Ele deixou o carro na rua e eu guardei a moto na garagem. Era uma casa simples, com 2 quartos, cozinha sala e banheiro. Totalmente vazia. Ele me chamou pra sala, que dava de frente pra rua, cuja janela era bem iluminada com o poste. E me beijou ali. Não entendi porquê ele queria logo ali, com nossos vultos na janela, mas deixei ele continuar.
Ficamos nos beijando e novamente ele acaricia meu pinto. Levantei a camisa dele na parte de trás e acariciei tuas costas sentindo uns pelinhos ralos que levam pra bunda. Não me contive e fiquei acariciando estes pelos enquanto meus dedos pegavam pequena parte de sua bunda. Agora ele quem tinha respiração ofegante. Ficamos assim por cerca de 5 minutos até que desci minha mão mais e senti aquela bunda grandinha e levemente peluda. O menino mordia minha língua parecendo pedir pra eu explorar logo sua bunda. E fiz. Agora com as duas mãos, acariciava sua bunda inteira por dentro da calça. Queria muito ver como era a bunda dele. E com essa vontade toda, desabotoei facilmente sua calça que caiu. Desci sua cueca até a metade da coxa e voltei a beijá-lo, acariciando sua bunda agora livre de roupas. O menino mordia muito minha língua e respirava muito ofegante. Parei de beijá-lo e virei ele pra janela, ficando de costas pra mim. Abracei ele por trás roçando meu pinto em sua bunda e beijando seu pescoço. Ele segurava minha cabeça e voltamos a nos beijar. Desabotoei minha calça que caiu e voltei a roçar meu pau nele, só de cueca. Como esse cara era quente. Parecia que iria me deixar doidinho com o sexo. Esse cara iria me ganhar, e, de fato, aconteceu, que será relatado mais pra frente.
Ele me disse pra ficar pelado. Pedi pra ele tirar minha roupa e ele virou de frente pra mim, tirando minha cueca. Meu pau deu um salto pra fora. Imediatamente ele olhou e como estava muito claro ali, deu pra ver bem o pau dele também. Um pinto pequeno, uns 14cm duro. Branquinho, cabeça bem rosa e bastante duro. Ele ficou encarando o meu um certo tempo e pegou nele, voltando a me beijar, me punhetando. Tirei minha camisa e a dele. Tirei meu tênis e meia e joguei calça e cueca pro lado, enquanto ele fez o mesmo. Agarrei ele por trás sem nem esperar, roçando meu pinto livre em sua bunda e beijando seu pescoço. Nossa sintonia nesta transa estava sendo incrível. Parecia que já havíamos transado várias vezes.
Ele se virou de frente e começou a lamber meus mamilos. Forcei sua cabeça para baixo, ele agachou-se ficando de cara pro meu pinto. Coloquei meu pinto em seus lábios que o beijaram e de repente engoliu metade dele. Dei um suspiro alto e comecei a meter lentamente em sua boca. O carinha chupava muito bem. Sem dentes machucando o pinto, babava bastante nele e o punhetava, me deixando muito doido. Comecei a meter com um pouco mais de força em sua boca e ele deixava. Até que se levantou e disse:
– Ô babão, bem que você podia me comer. – meu pinto que nem baba muito, havia babado em sua boca.
– É o que mais quero contigo. – falei. Fui em direção à minha calça pra pegar a camisinha na carteira. Falei que ele teria que me ajudar a colocar, pois meu pinto era grande. Me sentei no chão, ele segurou a camisinha na cabeça do meu pau enquanto eu desenrolava ela, que apertava demais meu pinto e chegou apenas até a metade dele. O resto não desenrolou. Voltei a beijar ele, acariciando seu rosto. Virei ele de costas, que se deitou no chão e pude ver sua bunda direitinho. Branquinha, grande e com uns pelinhos meio loiros, bem ralos. Comecei a roçar meu pinto em seu reguinho, mas a camisinha me apertava muito. O incômodo só aumentava. Me deitei sobre ele forçando meu pau em seu cuzinho, que não abria por nada. Parei, abri sua bunda e cuspi 3 vezes bem no seu cuzinho, passando o dedo e enfiando um pouco. Voltei a posicionar o pinto na entrada e comecei a forçar. Ele gemia de dor. Perguntei se queria que parasse e ele disse que não, que fazia parte. Achei bem legal, mas meu pau também doía devido à camisinha. Agora eu pressionava com ainda mais força até que a cabeça entrou e senti seu cuzinho me apertando. Ele gemia e eu via que era de dor. Forcei mais um pouco e entrou mais uns 5 cm e parei. Depois de seu gemido, fiquei em um vai-e-vem bem devagar por uns 5 minutos com apenas parte do meu pinto entrando. Parei. Me apoiei em suas costas e comecei a colocar com um pouco mais de intensidade. A posição era perfeita, pois eu via meu pinto entrando em sua bunda tão bonita. Via nossas pernas peludas se roçando e ouvia ele gemendo agora de prazer. Aumentei a intensidade e ele somente gemia. Como vi que ele deixava eu livre pra fazer como quisesse, bombei mais forte, mas o pau não entrava mais que isso. Fiquei metendo e olhando meu pau entrar em parte e sair, ouvindo seu gemido, suas costas quentes, nossas pernas roçando e aquela bunda tão branca que fui tomado por um imenso prazer, que me fez perder o controle e meter com mais força ainda, gozando muito e urrando um pouco alto.
Quando voltei a mim, estava apoiado nele, pingando suor, com parte do cabelo molhado. Saí de cima dele, me sentei no chão encostando na parede. Ele fez o mesmo e deitou sua cabeça em meu ombro direito e ficamos assim em silêncio.
Meu pau estava começando a ficar mole mas mesmo assim a camisinha machucava muito. Tirei ela lotada de porra, enrolei e deixei do meu lado, ouvindo ele dizer que gozo muito. Ficamos nos beijando ali, pelados, até que em cerca de 10 minutos meu pau tava durasso de novo. Notando isso, ele foi até meu pau, deitando-se no chão de barriga pra baixo. Era uma visão perfeita de Michel me chupando enquanto eu via sua bunda. Voltou a babar muito em meu pinto variando entre punheta e chupar. Até que ficou me encarando e batendo muito forte pra mim. O menino sabia mesmo me fazer gozar. Meu pau babado, sua bunda pra cima e aquela punheta forte me fez fechar os olhos e começar a gemer, soltando porra pra tudo quanto é lado, inclusive em suas costas. Agora ele batia pra mim devagar, porém apertando meu pinto fazendo todo o resto de porra sair, olhando bem de perto as gotas.
Deitou-se ao meu ombro novamente e ficamos em silêncio. Achei estranho ele não fazer questão de gozar. Mas eu também nem ajudei. Nem toquei no pinto dele. Bom, iria deixar pra próxima. Não queria pegar num pinto agora.
Tempo foi passando e a fome chegando. Disse a ele que teria que ir embora e ele disse o mesmo. Nos vestimos e nos despedimos com um beijo, com ele me perguntando se podíamos continuar fazendo isso. Eu disse que gostaria muito, novamente beijando ele. Fui embora feliz, mas agora com uma estranha sensação de despudor. Algo relacionado a “putaria”. Cada “dia” eu estava com um. Logo eu, um menino tão certinho e tão centrado. Gostaria de parar com isso. Se não desse certo com ninguém, ficaria sozinho. Esta sensação não estava me fazendo bem.
Alguns dias se passaram e Leandro continuava no MSN, mas pouco conversávamos. Michel, por outro lado, tinha mais papo agora e queria logo marcar novamente, o que fizemos. Aconteceu no mesmo lugar e com o mesmo desconforto da camisinha. Na terceira vez, pedi a ele pra levar algo pra lubrificar, assim a camisinha cobriria melhor meu pinto e eu conseguiria comê-lo mais também. Assim fizemos a terceira vez, também no mesmo local. A quarta vez, decidi chamá-lo para minha casa, onde o sexo foi mais intenso ainda, comendo ele 2 vezes.
Conversávamos muito, mas eu pouco sabia sobre sua vida e também eu não tinha interesse em saber. Enquanto ele perguntava demais da minha. Ele fazia administração mas não gostava do curso. Seu pai pediu para fazer pra ele entrar na empresa de seu pai. Ele já havia falado isso antes várias vezes, mas nunca nem perguntei que empresa era. Não tinha o mínimo interesse em sua vida. Queria apenas a companhia dele que era agradável e seu sexo que era perfeito.
Em um determinado dia, ele aparece na minha casa dom uma caminhonete L200. Sempre achei ela bonita. Perguntei se trocou de carro e ele disse que era do pai dele. A Strada também era. Dele era um Peugeot 206 que havia ganhado quando fez 18 anos. Achei esquisita essa conversa. Quem ganha um carro de presente do nada do pai? Estamos no Brasil. Nossa realidade é outra. Mas por outro lado ele nunca me pareceu um cara do tipo querer mostrar ser o que não é. Apesar de estar sempre com roupas bacanas e ter um rosto de gente “bacana” também, ele era muito simples. Mas não entrei no assunto dos carros, apenas achei estranho. Mas ele estava ali e iria ser meu de novo, é o que me importava.
Dias depois ele aparece com um Idea Adventure. Imediatamente veio em minha cabeça que ele namorava um velho rico e estava traindo ele comigo. Pensamento rápido, porém que me deixou neurado.
– Faz coleção de carros, é? – perguntei.
– Hehe. Nada. É da minha mãe esse.
– A linha Adventure da Fiat é sem base. Acho muito bem desenhados.
– Gosto de Fiat não. Meus pais que gostam. São muito fracos. Prefiro o meu.
– 206, né?
– É. Queria estar com ele, mas minha tia pegou emprestado. Não gosto de pegar nada dos meus pais. O que é deles é deles e não meu.
– Se é deles, é seu, oras. Você é filho.
– É fruto do suor deles, não meu. Não penso assim. É deles e não meu.
Continuamos conversando sobre isso que me levou finalmente a entender sua vida da qual voltei a duvidar: filho único. Moravam em uma cidade de médio porte do tamanho da minha, cerca de 180 a 200 mil habitantes. Seu pai era sócio de uma mineradora pequena em uma cidadezinha bem próxima à minha. Como não gostavam desta cidade, compraram uma casa em minha cidade e ele fazia administração pra trabalhar com o pai. Sua mãe era professora. Bom, filho de um sócio de mineradora da qual, quando ele citou o nome, eu via vários uniformes pela cidade, devia ser muito rico. Ou então um puta mentiroso. E bom mentiroso, pois não tinha cara de quem mentisse. Eu estava realmente sem entender nada. Mas preferi deixar pra lá, pois se fosse mentira, eu descobriria em breve, já que estávamos ficando faziam semanas já, quase um namoro.
Até que um dia ele me pergunta se vou trabalhar no próximo final de semana. Eu disse que não. Ele me convidou para ficar em sua casa, pois seus pais iriam viajar para a Argentina, para tentar melhorar o relacionamento que não ia nada bem. Topei. Ele me passou o endereço e, por incrível que pareça, era no bairro da minha ex. Caralho. Só queria que fosse longe da casa dela. Mas não tinha como ser muito longe, pois seu bairro era pequeno. Era sexta à noite quando fui. Não conhecia a rua e joguei no GPS. Encontrei a rua. A rua era perpendicular à rua da minha ex, atravessava a rua dela. Cheguei no número mencionado e vi que a casa dela ficava há uns 300 metros apenas. Tentei não pensar nisso, se veriam meu carro ou algo assim, pois não iria aproveitar dessa forma. Liguei para ele e disse que estava lá. Ele disse que era pra eu entrar, quando ouço de dentro do carro o portão eletrônico abrir. Desço do carro e vejo uma mega casa de 3 andares, com telhas coloniais, cheia de flores e outras plantas no muro e em parte de sua parede. A casa pegava na esquina e tinha 2 sacadas. Muito bonita mesmo. Eu iria entrar na casa dele ou na casa do namorado velho dele? Novamente as neuras.
Entrei. Subi as escadas como ele pediu e cheguei numa sala grande com móveis muito modernos, um sofá imenso e um lustre muito bacana. Nos cumprimentamos com um beijo e ele me chamou pro quarto. Era momento de eu começar a reparar as coisas afim de procurar algo “errado”. Mas nem precisou muito, pois em sua cama estavam papéis espalhados com a logomarca da mineradora e em vários documentos estava o nome de um sujeito que assinava seu sobrenome, ou seja, seu pai. E toda hora seu pai ligava perguntando se ele achou tais coisas, pois um funcionário iria pegar uns papéis lá. Ele estava preocupado, pois não achava o que devia, até que seu pai liga falando que lembrou que tais documentos estavam no escritório e precisava que ele fosse até a cidade vizinha, onde fica a mineradora, para pegar. Ele ficou puto mas disse que ia. Me chamou e fui, onde constatei que sua vida não era mentira alguma. Aquele menino bonitinho, meio gordinho, branquinho, do semblante fechado e muito simples tinha realmente uma vida bem bacana e confortável e nunca se deixou levar por isso.
Tivemos um final de semana muito legal. Comi ele em todas as posições que imaginávamos, bebemos, falamos sobre nossas vidas, todos os banhos tomamos juntos. Enfim, foi sem base. Com o passar dos dias vi que ele não gostava muito de contato com a família do pai, por serem pessoas mais “metidas”. Ele era muito agarrado na família da mãe, que era simples. Ele sempre me falava de um sítio no meio do nada, insistindo pra eu ir. Mas meu trabalho ainda não permitia. Nestas alturas, haviam se passado 3 meses e pra mim éramos namorados. Finalmente eu estava feliz, bem humorado. Realmente eu estava gostando muito de Michel. Apesar de nunca termos tocado no assunto de namoro, nunca termos feito acordo algum de fidelidade, eu achava que ele era meu e eu dele, apenas. Mas só eu pensava assim…
Certo dia, ele passou a tarde comigo e foi pra faculdade, deixando o notebook em minha casa, pois ele iria voltar pra dormir comigo. O notebook estava ligado e o MSN piscando, pois estava online e cheio de conversas. Achei que deveria desligar, pois iriam achar estranho ele não responder. Mas depois achei melhor deixar como está. Horas se passaram e vi um monte de barras de conversa do MSN no notebook dele. Lembrei da pasta que o MSN criava de conversas, um back up que ele fazia. Aquilo foi tentador. Queria saber se ele falava de mim pras pessoas. Se falava, como falava. Se passava por hetero? Era assumido? Sua família sei que não sabia, mas e teus amigos? Num impulso levado pela curiosidade, decidi mexer em seu notebook sem abrir o MSN. Fui direto na pasta que ele não apagava. Abri conversas com várias meninas, conversas normais. Nada interessante. Até que achei conversa com um menino ex ficante dele. Ele já havia me mostrado este menino e algumas vezes este cara ligava pra ele quando estávamos juntos. Ele ignorava. Abri a conversa e vi que tinha coisas recentes, do dia anterior. Fui olhando rapidamente e vi que conversavam quase todos os dias. Decidi parar e começar a ler. Comecei de 5 dias anteriores pra frente. Caralho. Meu mundo foi só desabando. Eles falavam muita putaria e relembravam coisas que haviam feito. Até que chegou na última conversa… o resto de mundo que tinha, caiu e desabei. Nesta conversa, eles estavam marcando de ficaram no próximo dia à noite, dia em que eu estaria de plantão. E ainda me citam na conversa, falando que seria tranquilo, pois eu estaria trabalhando.
Que porra. O cara me trai e o outro ainda sabe e é conivente. E por quê está me traindo? O que esse cara faz que eu não faço? Estão rindo da minha cara enquanto eu me reservei pra ele. Meus olhos se encheram. Aquilo parecia mentira. Andei a casa toda sem saber o que fazer. Ficava oscilando entre ele estar fazendo puta sacanagem comigo e o fato de nunca termos feito um acordo de namorados. Mas então por quê ele fazia isso escondido? Eu me encontrava alterado, chorando e com muita raiva. E as horas não passavam pra ele chegar. Eu precisava de uma explicação. Abriria o MSN pra ver o que mandaram pra ele? Não. Chega. O Que li já bastava.
Aguardei ansiosamente sua chegada até que toca a campainha e fui abrir o portão. Ele entrou feliz, tentando me beijar quando fechei o portão. Me esquivei e ele perguntou o que houve. Apenas o chamei pra entrar. Quanto entrou no meu quarto, virei o notebook pra ele com a conversa do menino aberta e pedi para me explicar o que era aquilo e sem mentiras. Michel ficou estático, assustado.
– FALA, PORRA. QUE MERDA É ESSA? E NÃO MINTA PRA MIM – gritei com ele.
– É isso mesmo que você leu. Não tenho nada pra falar. Me desculpa. Vou bloquear ele. Eu estava inseguro quanto à você, com medo de me deixar. – falou meio que gaguejando e cabisbaixo.
– Você é muito dissimulado. Pegue essa porra e leve embora. Preciso ficar sozinho.
– Di. Faz isso não. Vou consertar. – falou se aproximando de mim que, num momento de ira, virei pra ele dando um murro em seu rosto. Ele caiu no chão mas não com a força do murro e sim com o susto.
– Eu não quero mais te ver, seu sujo. – falei. Michel não disse nada. Pegou suas coisas e foi embora, chorando em silêncio.
Passei a noite pensando na minha vida. No lixo que se tornou à partir do momento em que decidi experimentar algo com outro cara. Fui feliz apenas nos momentos de prazer. Fora isso, nunca mais experimentei a felicidade. Nada dava certo. Por quê eu tinha que gostar de homem? Por quê sou assim? Nunca vou ser feliz nesta orientação sexual que só tem pessoas sujas.
Os próximos dias foram bem ruins. Novamente eu me encontrava em estado de “quase-depressão”. Mas algo grande estava por vir. Uma história de amor, medo estava e muita aventura estava ali, nos meus contatos do MSN fake e eu nem imaginava.